Atletas de JF e Leopoldina tentam vaga no Brasileiro de Goalball

Jogadores com deficiência visual disputam seletiva da região Sudeste no masculino e feminino nesta semana, em Vitória (ES)


Por Davi Sampaio, estagiário sob a supervisão do editor Bruno Kaehler

22/06/2022 às 07h00

Não é novidade que o esporte é um poderoso instrumento social de inclusão, o que tradicionalmente ocorre em Juiz de Fora e região com paratletas de referência. Após Gabrielzinho, bicampeão paralímpico de natação, conquistar três medalhas de ouro no Mundial no último final de semana, e de Marcelina do Nascimento se consagrar tricampeã sul-americana de parajiu-jítsu, é a vez dos jogadores de goalball entrarem em ação. Doze atletas, juiz-foranos e leopoldinenses, que treinam no Instituto Jesus, do Bairro Nossa Senhora Aparecida, vão disputar, entre os dias 22 e 26, em Vitória (ES), a competição “Sudeste 1”, seletiva da região que conta com equipes de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo e que dá vaga para as séries A e B do Campeonato Brasileiro.

O time feminino de goalball do Instituto Jesus é composto por Maria Luzia, Amanda Machado, Sirlei Souza, Meusimar Santos, Maria Girleia e Fabiane Alves, enquanto Antônio Sousa, Antônio Marcos Costa, Wallace Vieira, Márcio Grinário, José Maria Dias, Carlos Cristiano são os representantes do masculino. A comissão técnica é formada pelo treinador Duany Ferreira, a nutricionista Larissa Ferreira, Wallace Guilherme e José Luiz, do staff, além do chefe de delegação Weslei Vasconcelos.

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A disputa na modalidade consiste em dois times de seis atletas (três titulares) com deficiência visual, que, vendados, tentam acertar o gol arremessando a bola com as mãos.

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Atletas do Instituto Jesus em treinamento de goalball (Foto: Divulgação)

Time feminino de peso

A equipe de mulheres do goalball do Instituto Jesus não é forte só no quesito superação. Das seis jogadoras, três possuem vasta experiência. Meusimar Santos disputou três Paralimpíadas e vários mundiais de seleções; Maria Luiza jogou o primeiro Mundial de Clubes, no ano passado, em Portugal; já Amanda Machado tem passagens pela seleção brasileira. Os treinos, não só do feminino, mas também do masculino, estão em alto nível, como conta Antônio Marcos Costa, atleta e idealizador do projeto. “Reforçamos bem o nosso time. Estamos nos dedicando bastante nos treinamentos. Ampliamos para três dias para chegarmos preparados na competição. Nosso principal objetivo é conquistar a vaga para a Série A com o feminino e com o masculino”, pretende.

A projeção para o campeonato é a melhor possível ainda segundo o idealizador da iniciativa local, muito pela união e entendimento dos atletas com deficiência. “A nossa equipe de goalball está bem alinhada, os atletas estão entendendo bem a proposta passada pela nossa comissão técnica. O grupo está bem fechado, focado para que possamos sair com um resultado satisfatório. O nosso desejo é representar Juiz de Fora e Leopoldina, as cidades que também defendemos. Sobretudo, promover a inclusão social por meio do esporte para PCD’s”, conta Antônio Marcos.

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