Tupynambás retorna à elite com vitória e goleada

Baeta foi a Nova Lima e derrotou o Villa Nova por 5 a 1; Ademilson marcou dois gols pela equipe de Juiz de Fora


Por Júlio Black

20/01/2019 às 13h52- Atualizada 22/01/2019 às 11h26

Equipe do Poço Rico comemora estreia com goleada fora de casa (Foto: Tupynambás/Divulgação)

Foram décadas longe da elite do futebol mineiro, mas o retorno do Tupynambás foi em grande estilo. Mesmo distante de sua torcida e tendo que enfrentar o calor que não deu trégua em Nova Lima, o Baeta volta para Juiz de Fora com os três pontos em sua primeira partida pelo Campeonato Mineiro em 2019. A equipe comandada por Felipe Surian goleou o Villa Nova por incontestáveis 5 a 1 em partida disputada neste domingo (20), no Estádio Municipal Castor Cifuentes. Ademilson (dois), Geovani, Matheus Pimenta e Adriano fizeram os gols do Baeta. Elias, de pênalti, marcou para os anfitriões quando a partida ainda estava em 0 a 0.

O próximo compromisso do Tupynambás é o aguardado clássico juiz-forano contra o Tupi na próxima quarta-feira (23), às 20h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O Villa Nova retorna a campo na quinta-feira (24), às 19h, para encarar o América, no Estádio Independência, em Belho Horizonte.

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Primeiro tempo empatado

Contrariando as previsões que indicavam um Baeta com meio de campo mais focado na marcação, Felipe Surian preferiu começar com Matheus Pimenta como um dos meias titulares, preterindo Marcel e Igor Soares, e colocando Vanger no ataque ao lado de Eraldo e Geovani. Os primeiros minutos foram de poucas emoções e os anfitriões tentando se impor, com apenas um chute de Bruno Catanhede – facilmente defendido por Renan Rinaldi – aos seis minutos. Mais à frente, aos 14, o atacante Cassiano avançou pela esquerda mas, sem ângulo e um companheiro melhor posicionado para a assistência, teve que arriscar e chutou para fora.

A primeira chance do Tupynambás aconteceu aos 16 minutos, quando a bola passou por Eraldo e Leandro Salino, atrasado, concluiu para fora. Mas a melhor chance da partida até então aconteceu no minuto seguinte, quando Vanger avançou pelo lado esquerdo e passou para Geovani, que acertou a bola no travessão do goleiro do Villa Nova. Depois desses breves minutos de emoção, a partida voltou a ficar truncada. As duas equipes até se esforçavam, mas sem criar com qualidade.

Emoção novamente só aos 26 minutos, quando Renan Rinaldi defendeu para escanteio uma cabeçada adversária, mas, na sequência, ele não teve como impedir o primeiro gol dos donos da casa. Após a cobrança de escanteio, Elias foi agarrado dentro da área e o juiz Marco Aurélio Fazekas não teve dúvida: pênalti para o Villa Nova. O mesmo Elias cobrou a penalidade no canto esquerdo, inverso ao escolhido pelo goleiro do Baeta, e abriu o marcador para o Leão do Bonfim.

Mas o Baeta não se deixou abater e empatou a partida aos 36 minutos, logo após a parada técnica para hidratação dos jogadores. Em cobrança de falta, Adriano subiu mais que os adversários e cabeceou sem chances para o goleiro Georgemy. Após o gol, as duas equipes voltaram a encontrar muitas dificuldades de criação, e o primeiro tempo do duelo entre os alvirrubros terminou empatado.

Placar elástico na segunda etapa

O segundo tempo começou com o Baeta mais animado, apesar do sol escaldante, e dando algum trabalho para Georgemy. Na sequência, Bruno Catanhede teve a chance de colocar o Villa Nova mais uma vez à frente, aos quatro minutos, mas o cabeceio foi para longe da meta. A partida teve que ser paralisada aos oito minutos, quando o zagueiro Gabriel Lima, do Villa Nova, precisou de atendimento médico após choque com um adversário. Com suspeita de concussão, o atleta precisou ser substituído pelo volante Roger Bernardo.

Como havia apenas uma ambulância no Castor Cifuentes, foi preciso esperar pelo retorno do veículo – que levou o zagueiro para o hospital – para reiniciar a partida, uma vez que é preciso ter uma ambulância no local da partida. A consequência foi uma paralisação que durou exatos 30 minutos.

Com a bola novamente rolando, as duas equipes precisaram retomar o ritmo de jogo, com o Villa Nova um pouco mais disposto. Mas quem marcou e virou o placar foi o Tupynambás, que marcou o segundo gol aos 19 minutos com Geovani. O camisa 10 pegou o rebote dado por Georgemy – que fez defesa parcial após bom avanço de Matheus Pimenta – e mandou para o fundo das redes da equipe de Nova Lima.

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Com a vantagem no marcador, o técnico Felipe Surian não quis saber de recuar. Ele trocou Eraldo por outro atacante, o super veterano Ademilson, aos 21 minutos. Aos 44 anos, o maior artilheiro da história do Mário Helênio deixou sua marca seis minutos depois, ao avançar em velocidade e concluir por cima de Georgemy, marcando o terceiro gol do Leão do Poço Rico. Para desespero da torcida, o Villa Nova parecia à beira do nocaute, sem forças para sequer empatar.

Com o fator psicológico totalmente a seu favor, o Tupynambás transformou a vitória em goleada a partir dos 43 minutos: Igor Soares, que entrou no lugar de Vanger, comandou o contra-ataque, mandou a bola para a área e Ademilson marcou o seu segundo gol na partida, o quarto do Baeta, que não teve piedade do Villa Nova e ainda marcou mais um aos 48, com Matheus Pimenta, que foi um dos melhores nomes do Tupynambás na estreia da equipe na competição.

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