Dia de conhecer o novo Tupi no Municipal

Com meia Tchô e atacante Reis regularizados, Tupi recebe o Uberlândia neste sábado (20), às 17h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, no primeiro jogo oficial diante doe sua torcida em 2018


Por Bruno Kaehler

20/01/2018 às 07h00

Após perder a partida de estreia contra o Cruzeiro no Mineirão, na semana passada, Carijó enfrenta o Uberlândia em casa com muita motivação. O técnico Alexandre Barroso poderá contar com o atacante Reis (à esquerda) e o meia Tchô (à direita). (Foto: Leonardo Costa)

A primeira apresentação oficial de 2018 em casa, diante dos fieis torcedores e contra uma equipe de similar nível técnico. Para muitos, “a verdadeira estreia” do Tupi ocorre neste sábado (20), às 17h, contra o Uberlândia, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, após a primeira rodada ser encerrada com derrota para o Cruzeiro, diante de aproximadamente 40 mil torcedores no Mineirão. Além da motivação do duelo em casa, o técnico Alexandre Barroso poderá contar com o atacante Reis e o meia Tchô, regularizados na última quinta-feira (18).

Ansioso para voltar aos gramados, Reis, 29 anos, que é juiz-forano, assistiu o duelo contra a Raposa no meio de semana. A prioridade, de acordo com o atacante, é a procura pela imposição do modelo de jogo treinado na pré-temporada, com posse de bola, amplitude e triangulações.

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“Busquei ver o que os companheiros fizeram de certo e errado para corrigir nos treinos. Vou procurar ter mais vontade, como todo atleta que entrar. Por jogar em casa, acredito que temos a obrigação de expor nossa maneira de jogar, pensamentos de tática e treino. Encontraremos uma equipe difícil, como em todos os jogos do Mineiro, mas buscaremos na força de vontade sair com a vitória”, projeta.

Já o meia Tchô, 30, ainda não suporta os 90 minutos por treinar há menos de duas semanas com o elenco. A aposta do meia, contudo, é no upgrade técnico que sua utilização pode render ao time. “Ainda não estou 100%. Tenho nove dias de treino, mas sei que em um lance posso ajudar a equipe de alguma forma. O futebol hoje em dia é muito físico, mas ainda acredito que ele deve ser jogado”, acredita.

As duas estreias, contudo, podem ocorrer em momentos diferentes. Reis é cotado para iniciar o duelo. Já a presença de Tchô ainda é incerta pela questão física. A tendência é que Barroso inicie o duelo com Vilar; Afonso, Sidimar, Wellington e Udson; Leo Costa e Francesco; Patrick, Paulinho (Tchô) e João Vitor (Paulinho); Reis.

Curiosidade no potencial carijó

Para aproveitar a estreia diante do torcedor na temporada, a Tribuna convidou quatro profissionais que acompanham o Tupi para avaliar o trabalho realizado até o momento e projetar a sequência na competição estadual. O quarteto formado pelo jornalista Márcio Santos, os comentaristas esportivos Álvaro Quelhas e José Eduardo Araújo, e o torcedor e presidente da Associação Amigos do Tupi, Aureo Nasser, se mostrou otimista com o elenco formado, mas também curioso em relação ao que a inserção das novas peças e o maior entrosamento podem agregar ao desempenho em campo.

“Sabemos que a disputa do Tupi no campeonato não é contra Cruzeiro e Atlético. Por isso, um resultado negativo contra essas duas equipes é mais do que normal. Mas diante dos outros times, incluindo o América, o Tupi tem que brigar de igual para igual. Além da estreia ter sido contra um dos favoritos, o time estava desfalcado das suas principais contratações, por isso a avaliação da equipe do Tupi será feita nesta partida contra o Uberlândia. Mas pelo que deu para ver, o time de Juiz de Fora tem bons valores. Até superiores aos dos últimos anos no Mineiro. Por isso acredito que a equipe poderá fazer um bom campeonato. Mas vai depender fundamentalmente do seu desempenho dentro de casa. A tabela e o número de jogos em Juiz de Fora favoreceram o Tupi”
Márcio Santos, jornalista

“Em termos gerais, o Tupi tem um time totalmente novo. Ficaram poucos jogadores do ano passado, então o trabalho começa do zero, o que traz a falta de entrosamento. Conheço poucos jogadores, por isso o elenco é uma incógnita e temos que aguardar. Temos atletas que vieram do Cruzeiro ou do Vasco, como o Kayser, mas isso não significa nada, e sim o que apresentarem em campo. O resultado do primeiro jogo não foi o pior diante de 40 mil pessoas no Mineirão, o que poderia afetar no aspecto psicológico. Mas contra o Uberlândia o Tupi não pode pensar em perder, assim como o adversário, derrotado em casa na estreia. Vamos depender dos três primeiros jogos, que serão cruciais para as perspectivas do Tupi na competição”
Álvaro Quelhas, comentarista

“Vi que o Tupi no primeiro tempo (contra o Cruzeiro) não soube explorar os contra-ataques, perdeu oportunidades de chutar ao gol em faltas na intermediária. O time esteve um pouco desorganizado no meio de campo, não havia uma transição para o ataque com a bola. Mas achei o Udson e o Leo Costa bons jogadores, além do Thiaguinho, que entrou no segundo tempo, sem contar o Sidimar, melhor carijó da partida. Ainda não senti confiança no Vilar, e acredito que o Georgemy, se bem treinado, deva assumir o gol. Mas com o Tchô e o Reis, a tendência é que o time evolua, e também com o Kayser, quando atuar. Treinaram sempre entre os titulares e não poder contar com eles é prejudicial ao treinador”
José Eduardo Araújo, comentarista

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“Para este sábado espero uma vitória. Acredito que o time, mesmo recheado de caras novas, mostrou bom futebol contra o Cruzeiro e tem condições de superar o próximo adversário. E é agora que realmente começa a competição para nós, carijós. Que faça uma campanha que não se contente em apenas se salvar na primeira divisão para animar os torcedores para a Série C. Mais uma vez a AAT convoca a nação alvinegra a ir ao estádio apoiar o Tupi nos 90 minutos. E que comprem o Passaporte Mineiro 2018, que garante todos os ingressos do clube em casa no Estadual”
Aureo Nasser, presidente da Associação Amigos do Tupi

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