A aguardada explosão dos carijós


Por Eduardo Maia

19/10/2015 às 23h47- Atualizada 20/10/2015 às 00h28

Marcelo Ribeiro/19-10-15
Torcedores lotaram a Praça Antônio Carlos

A euforia pela vitória que garantiu o acesso inédito do Carijó à Série B tomou conta das ruas do Centro de Juiz de Fora na noite de ontem. Na Praça Antônio Carlos, confiança foi a palavra que resumiu a sensação do torcedor em todo o tempo. Os olhos vidrados no telão demonstraram o apreço de uma torcida que há muito se esperava no Helenão: 4 mil pessoas tomaram o espaço, segundo a PM, e vibraram, cantaram, aplaudiram e festejaram a cada gol. “Vamos subir, Galo” tornou-se um mantra que contagiou torcedores de todas as idades e fizeram ainda mais emocionante a classificação.

Sobraram aplausos ao técnico Leston Júnior, ao meia Kaio Wilker, que abriu o placar no 2 minutos do segundo tempo, além do meia Marco Goiano, que selou a vitória para o Carijó. Intensa também foi a energia transmitida ao goleiro Glaysson, principalmente durante o pênalti cobrado pelo ASA, que rendeu o único gol do time de Arapiraca nas duas partidas contra o Galo. Com bandeiras, camisas e foguetes, a torcida não deixou por menos, mesmo a 1.800km de distância do local da partida.

PUBLICIDADE

Já nos minutos que antecederam o jogo, a carga de uma segunda-feira de ansiedade não abalou os torcedores convictos da vitória. O palpite de 2 a 1 dado à Tribuna no início da partida pelo estudante Victor Hallack, 17 anos, foi cravado pelos jogadores em Arapiraca. O advogado João Paulo Silva, 24, resumiu a expectativa de todos os torcedores. “Quem acompanha o Tupi já passou por muitos sofrimentos. E agora é só alegria de ver o time passar para a Série B”, disse.

Além daqueles que torceram com os amigos, o clima também foi para família. O militar reformado Aloísio Guedes, 50, acompanhou a partida junto da esposa Amanda Tavares e do afilhado Gabriel. “Juiz de Fora merece um time na Série B, porque temos torcedores. Basta apoiar”, concluiu. E depois do belo desempenho do Carijó em campo, os planos já são outros. “Vamos para a Série B jogar de igual para igual. A equipe tem que se manter no ano que vem e depois, quem sabe, almejar uma vaga na Série A em 2017”, sentenciou o supervisor industrial Daniel Peixoto, 22, já no final da partida. Ao apito final, restaram somente gritos de comemoração e a satisfação que estava engasgada desde a derrota para o Paysandu em 2014: o Tupi está na Série B.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.