Em busca de apoio, Marcelina é tricampeã sul-americana de parajiu-jítsu
Apesar dos resultados, atleta juiz-forana com paralisia celebral precisa de ajuda financeira para disputar os próximos campeonatos
Marcelina do Nascimento segue fazendo história, ao mesmo passo em que sofre pela falta de incentivo. Primeira colocada no ranking sul-americano de parajiu-jítsu na classe funcional MG (mobilidade geral, para pessoas com paralisia cerebral), a juiz-forana foi novamente campeã sul-americana da modalidade, totalizando três títulos consecutivos, em evento que aconteceu no Rio de Janeiro, no último mês. Apesar dos triunfos, a atleta tem sofrido durante sua preparação.
“Foi um misto de emoções vencer o Sul-Americano. Por toda a luta que tenho. As adversárias estão vindo bem preparadas e aguerridas. Muitas vezes, as preocupações com os custos me geram um desgaste emocional e psicológico. Porém, treino duro”, explica Marcelina à Tribuna. “Minha semana é preenchida por atividades que melhoram minha mobilidade, flexibilidade e amplitude, mesmo com as restrições da deficiência. Minha luta é diária para quebrar os efeitos da sequela da paralisia. Quando eu me vi alcançando o objetivo, ganhando o Sul-Americano de Parajiu-Jítsu, mediante a todos os entraves, eu caí no choro”, relembra a paratleta.
A próxima competição que Marcelina pretende disputar é o Estadual da Federação de Jiu-Jítsu Desportivo do Rio de Janeiro (FJJDRIO), nos dias 23 e 24 de julho, em solo carioca. Entretanto, a paratleta só irá participar do torneio se tiver auxílio para treinar e nos custos que envolvem a competição.”Dependo de apoiadores e patrocinadores para custearem transporte, hospedagem, alimentação. Preciso também de fortalecer as parcerias com equipes multidisciplinares. Busco academias de musculação, pilates e fisioterapia. É muito importante essa questão de parcerias e de patrocínio. Sem recursos, fica inviável participar de grandes competições”, crê a juiz-forana.
Além do Carioca, a lutadora quer lutar todos os campeonatos do calendário da Federação Brasileira de Jiu-Jítsu (FBJJP). Entretanto, mais uma vez, Marcelina só irá entrar nas competições nacionais de parajiu-jítsu caso consiga ajuda financeira, tecla em que a atleta bate com recorrência diante da necessidade do apoio e incentivo ao esporte.
Além das competições, Marcelina é um dos principais exemplos de paradesporto em Juiz de Fora e tenta, com seus resultados, atrair novos paratletas para o esporte, às artes marciais e, em especial, o parajiu-jítsu. O contato com a tricampeã sul-americana, segundo a atleta, pode ser feito pelo número (32) 99140-3026.
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