PJF nega verba e dificulta retorno do futebol profissional do Baeta
Atualizada às 20h17
O sonho da volta do futebol profissional do Tupynambás pode ser novamente adiado. Em reunião na tarde desta terça-feira (19), representantes da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) negaram o apoio financeiro referente à Lei de Incentivo ao Esporte ao presidente do Baeta, Francisco Quirino. “A PJF alegou que, por ser ano eleitoral, não tem como pagar ao Tupynambás e que pela lei eu teria que ter entrado no orçamento no ano passado”, explicou Chiquinho, como o mandatário do Leão do Poço Rico é conhecido, complementando que “como não tem documentos que provem o contrário, fui obrigado a aceitar e engolir seco. Saio muito chateado, porque a minha torcida e os juiz-foranos estavam aguardando a volta do Baeta, clube que vai fazer 105 anos em agosto”.
O projeto vem sendo arquitetado em parceria com a empresa Meio di Campo Assessoria Esportiva, do sócio Alberto Simão, que garantiu a impossibilidade do seguimento sem o valor solicitado de R$ 30 mil reais mensais. “Tenho responsabilidade para colocar uma equipe competitiva em virtude da história do Baeta e não posso reduzir esse orçamento no momento, porque estaria afetando diretamente o nível da equipe, e entraríamos para buscar o acesso. Realmente inviabiliza o projeto, porque, como é uma lei, estava no nosso planejamento e corresponde de 30% a 35% do investimento do nosso orçamento para montagem do elenco”, explicou Simão em análise compartilhada por Chiquinho. “Como você faz uma coisa sem dinheiro? Iria me ajudar muito. Ainda mais para a gente que está iniciando.”
Esperança
A única possibilidade do retorno passa, agora, de acordo com o empresário, por uma avaliação do prefeito Bruno Siqueira. “Não tenho dúvidas de que na hora que esse assunto cair no colo do Bruno, como um grande incentivador do esporte e profissional de grande visão, vai rever a posição da Prefeitura e fazer de tudo para que esse projeto seja viabilizado”, contou Simão.
Chiquinho, inconformado com o resultado do encontro, foi além. “Noto que está havendo uma discriminação entre os clubes da cidade. Se é feito para o Tupi, tem que ser feito para o Tupynambás. Há apenas uma possibilidade de mudança. É só o prefeito rever a decisão”.
A PJF, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), informou, em nota, que “por conta da legislação eleitoral em vigor desde 01 de janeiro de 2016 e da Lei de Responsabilidade Fiscal, o último parecer do Controle Interno do Município aponta a impossibilidade de tal investimento por parte da Prefeito de Juiz de Fora neste ano. A Prefeitura informa que a referida Lei Municipal 12.489 de 28 de fevereiro de 2012 é de caráter autorizativo e não obrigatório. E reforça ainda que a administração municipal está aberta para negociação em relação ao patrocínio para o ano de 2017.”