Beatriz Ferreira é campeã de tradicional torneio de boxe na Europa

Pugilista radicada em Juiz de Fora vence o 70º Strandja Tournament, na Bulgária, pela Seleção Brasileira


Por Bruno Kaehler

19/02/2019 às 15h13- Atualizada 19/02/2019 às 16h01

Momento em que Beatriz Ferreira é anunciada a campeã do 70ºStrandja Tournament (Foto: Arquivo pessoal)

A pugilista Beatriz Ferreira, baiana radicada com o pai e treinador, Sergipe, em Juiz de Fora, certamente vive um dos dias mais felizes de sua vida. Nesta terça-feira (19), na defesa da Seleção Brasileira, a atleta se tornou campeã do 70º Strandja Tournament, torneio de boxe mais tradicional da Europa, realizado na Bulgária. Em 2018, ela bateu na trave, com a medalha de prata. Desta vez, não tomou conhecimento da adversária na final da categoria até 60kg, a sueca Agnes Alexiusson, e venceu todos os rounds, segundo os árbitros, com triunfo, em decisão unânime, por 5 a 0. Não bastasse o ouro, Bia ainda foi escolhida a melhor atleta da categoria.

Bia posa com medalha e troféu de campeã e melhor atleta entre as mulheres na categoria (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante o combate, a pugilista atacou a adversária com precisão em todos os três rounds e, defensivamente, ainda conseguiu suportar a velocidade dos golpes rivais com bloqueios com o braço e contra-ataques imediatos. “Estou muito feliz! Essa luta, esse campeonato foram muito bons, me deram uma experiência e um amadurecimento grandes. O ano só está começando, e iniciei com o pé direito. Espero que seja assim até o final”, conta Bia à Tribuna.

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Ao todo, 300 atletas de 42 países diferentes participaram do torneio. Antes da decisão, Bia passou pela bielorrussa Helina Bruyevich, pela norte-americana Rashida Ellis, nas quartas de final, e por Anna Krasnoperova, da Rússia, na semi. “Pensamos bem no que fazer em todas as lutas. Realizamos um trabalho diferente, mais fechado, mais no estilo profissional. Tinha muito tempo que não me sentia tão bem lutando. É um novo jogo que vale a pena insistir. Cheguei a um patamar em que as atletas da minha categoria vão me estudar e tentar me vencer, então preciso ter várias opções de luta para poder utilizar e conseguir os resultados positivos”, avalia a pugilista campeã.

Esperança do boxe brasileiro para a Olimpíada de Tóquio 2020, Bia confirma, ainda, o melhor aproveitamento da Seleção Brasileira nas 70 edições do torneio no velho continente, somada com três medalhas de bronze nas disputas entre os homens. Abner Teixeira (91kg), Douglas Andrade (52kg) e Wanderson Oliveira (64kg) asseguram a terceira posição ao perderem lutas na semifinal da competição. A equipe amarelinha foi conduzida pelos treinadores Mateus Alves e Leonardo Macedo.

 

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Tópicos: boxe

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