Tupynambás apresenta ‘grupo moderno’


Por Bruno Kaehler

19/01/2017 às 19h23- Atualizada 20/01/2017 às 09h04

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Nova comissão e elenco foram apresentados ontem; Baeta terá 30 dias de treinamentos até estreia contra o Social, em Juiz de Fora (Foto: Olavo Prazeres)

Apostando em profissionais jovens, mas com formação embasada em estudos e adaptação à demanda do futebol moderno, o Tupynambás apresentou ontem a nova comissão técnica e elenco para a disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro. Sob gestão do diretor executivo de futebol, Alberto Simão, o treinador Lúdyo Santos relatou suas expectativas pela primeira vez de forma oficial à imprensa, agora trabalhando ao lado do auxiliar Alex Nascif, do analista de desempenho Bruno Próton e do preparador de goleiros Luiz Carlos Laudiosa, remanescente da temporada passada.

Dezoito atletas já possuem vínculo com o Tupynambás. Deles, 16 foram anunciados e participaram do primeiro treino no Estádio José Paiz Soares. O diretor executivo de futebol do clube, Alberto Simão, ainda destacou que dois jovens da cidade e três do projeto da Uberabinha/UFJF passam por avaliação, podendo assinar pelo clube para o Módulo II do Estadual.
Renovaram com o Baeta o goleiro César, os zagueiros José Leandro e Washington, o volante Gustavo Crecci e os meias Igor Santana e Vinicius. Para a lateral direita foram contratados os jovens Pedro, 23 anos, ex- Ipatinga (MG) e Aimoré (RS), e Tony, 22, que defendeu o Jacutinga (MG) na Segundona Mineira. O setor do meio-campo será reforçado por Igor Henrique, volante de 22 anos que estava na Ferroviária (SP), e o meia Marcelo Brandão, 21, que também estava no Aimoré (RS). Por fim, um novo trio para o ataque foi anunciado. Maicon, 20, chega do Arsenal (MG), Thulio Lelis, 19, do Jacutinga (MG), e Marcelinho Araxá, 23, do São Raimundo (AM).

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O processo de formação do grupo foi explicado por Alberto. “Permanecemos com mais de 50% da equipe, com vários atletas titulares do ano passado, principalmente nas duas primeiras linhas de quatro. Reduzimos drasticamente a média de idade por ser uma competição que exige um porte físico diferenciado e aumentamos a média de altura, pois sabemos que há uma briga enorme pela segunda bola. Existem outros atletas que foram contratados e que devem estar chegando nos próximos dias. Não estamos começando do zero. Fizemos mudanças pontuais e agregamos muito valor à comissão técnica.”

O novo comandante do Leão do Poço Rico reiterou que, nos dois últimos anos de sua carreira, se dedicou à capacitação profissional, amadurecendo para o cargo de técnico. A experiência e os estudos foram utilizados na montagem do elenco, personalizada pelas necessidades do Módulo II. “Já temos o conhecimento em banco de dados de muitos jogadores. E a montagem do elenco se baseou nisso, encaixando na atual situação do Tupynambás e respeitando o Módulo II, de muito contato físico, em que nem todos os campos permitem qualidade de jogo. Temos montado um grupo qualificado, com atletas polivalentes e, principalmente, que foram formados de acordo com características do futebol moderno. Jogadores versáteis, dinâmicos e que sabem os princípios do jogo para que coletivamente o Tupynambás alcance seu objetivo”, esmiuçou.

Clube negocia pagamento de salários atrasados

Ainda em dívida com parte dos atletas que foram campeões da terceira divisão do Campeonato Mineiro pelo Baeta em 2016, Alberto Simão projetou novamente data para quitar o atraso. “Ninguém fica feliz com esse tipo de situação, mas o clube se planejou da melhor maneira possível. Continuamos tendo um problema com nosso principal patrocinador, em que não recebemos nenhuma parcela, mas todos os pagamentos retroativos estão acordados até o fim deste mês. Nosso segundo patrocinador também não honrou com os patrocínios. O clube arcou com 80% de todos os gastos até hoje. Alguns jogadores estão atrasados, mas todos estão cientes de que até o fim do mês temos a previsão dos acertos”, assegurou.
“Nenhum jogador contatado rejeitou a proposta do Baeta. Todos que optamos pela renovação estão aqui e aceitaram rapidamente a permanência. Nosso único problema financeiro hoje é o salário dos atletas. Os funcionários estão em dia, a parte fiscal está organizada, mas temos experiência para cuidar do assunto. Os atletas já estão comunicados, foi feito um parcelamento com eles, a primeira parte foi resolvida e as outras duas devemos finalizar ainda em janeiro.”

Estrutura e Ademilson
Com o acesso e maior demanda estrutural, o diretor executivo de futebol do Baeta garantiu investimento do clube em melhorias para o dia a dia do elenco, como a parceria com a UFJF que possibilitou, por exemplo, a criação de departamento de fisiologia. “O grande trabalho da diretoria foi melhorar nossa infraestrutura. Como o projeto é a longo prazo, sabemos que a estrutura é que vai ficar e propiciar uma melhor qualificação do nosso trabalho”, contou.

Quem pode não permanecer é o veterano atacante Ademilson. Alberto afirmou estar conversando com o maior artilheiro da história do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, mas que ainda não há nenhuma definição sobre o acordo. Ademilson já teria recusado, inclusive, proposta de clube do Módulo II, dando preferência à acordo com o time local.

 

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