Clima, estrutura e saída
O treinamento da tarde de ontem em Santa Terezinha explica, em parte, a situação do Tupi. Em entrevista, o volante Renan, um dos mais experientes da equipe, já tendo sido campeão mundial pelo São Paulo, lamentou a situação vivida projetando, ainda, o penúltimo duelo da Série B, no próximo sábado, contra o Náutico, às 16h30, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
“O clima é péssimo, apesar de que, nossa situação no campeonato há algumas semanas já era difícil. Mas, quando é consumado, é péssimo, fiquei muito mal no vestiário, mancha nossa carreira. Contra o Náutico vou honrar minha profissão e as cores do Tupi, que me deu oportunidade de estar trabalhando, jogando futebol”, relatou.
O campo, em condições já expostas pela Tribuna, não suportou forte chuva, que inclusive paralisou a atividade por 15 minutos. A deficiência estrutural foi criticada por Renan, que confirmou, também, que não deve permanecer no Galo pelas pendências na eleição e formação do elenco. “Nossa condição de trabalho aqui no Tupi é muito ruim, e vocês vêem, não estou contando história. Se não chove, o campo é duro demais e traz problemas de tornozelo, joelho, tendão, púbis. Se chove não dá para treinar porque o campo está alagado. Mas são vários os fatores para cairmos. Responsabilidade dos jogadores, dentro e fora de campo, problemas de estrutura, logística, um monte de coisas que influenciam no resultado final. Mas se o clube quiser estar em alto nível nas próximas temporadas tem que melhorar isso. Não tenho dúvidas.”
Eleição
A quinta-feira marcou o encerramento do prazo de novo registro de chapas para concorrência à eleição marcada pelo clube para 10 de dezembro. A “Sempre Tupi”, da situação, e a “Explosão Carijó”, oposição, encabeçada pelo sócio João Delvaux, revalidaram a inscrição para participarem do pleito. O processo, contudo, segue suspenso na Justiça, após ação de Delvaux que aguarda julgamento colegiado, alegando descumprimento estatutário de prazos do conselho atual.