Armadora da ADJF/Apogeu vence Pan-Americano pela Seleção

Nascida em Leopoldina e única mineira no elenco nacional, Barbarah Bella, 16 anos, é campeã na Argentina


Por Bruno Kaehler

16/04/2018 às 21h18

Jogadora de handebol segura a taça de campeã do Pan-Americano Juvenil de Handebol, que terminou no domingo (15) em Buenos Aires (Foto: Arquivo pessoal)

Única mineira do grupo, a armadora da ADJF/Apogeu Barbarah Bella conquistou, no último fim de semana, o título do Pan-Americano Juvenil de Handebol em Buenos Aires, na Argentina. Natural de Leopoldina, a jovem de 16 anos passou por processo de seleção entre mais de 60 jovens pela categoria sub-18 desde dezembro de 2017, dividido em acampamentos nacionais, até ser convocada e representar o país em campanha invicta de cinco jogos e cinco vitórias entre terça (10) e domingo (15). À Tribuna ela destacou a felicidade ao relembrar a trajetória histórica.

“Tudo aconteceu muito rápido, mas fui a única atleta de Minas Gerais na Seleção. Tive uma amiga até a última fase, mas ela acabou não ficando. Foi uma experiência única, e independentemente se eu vá continuar no grupo ou não, será sempre o primeiro Pan-Americano da categoria e eu participei dele pela Seleção e fomos campeãs”, diz Barbarah.

PUBLICIDADE

Com a armadora polivalente, o Brasil registrou caminho irretocável na competição. As meninas venceram Chile (26 a 23), Uruguai (35 a 15), Peru (48 a 12), Argentina (21 a 16) e Paraguai (31 a 23) durante os cinco dias de torneio, com liderança isolada. O resultado, segundo Barbarah, é consequência do planejamento da equipe. “O Brasil foi com um trabalho muito forte, principalmente tático. Mas só por terem sido selecionadas no país, as meninas já têm um nível técnico acima do padrão e isso fez toda a diferença. Nosso time é muito heterogêneo em relação às características de cada atleta, mas é todo excepcional. Cada atleta que entra em quadra mantém o nível” conta a atleta da ADJF que tem projeção de continuidade justamente pela seriedade do projeto.

“As meninas e eu deveremos seguir na Seleção até o ciclo olímpico, esse é o planejamento. Começamos com essas competições no juvenil, mas depois têm as da categoria junior até chegarmos ao adulto”, relata. Para isso, Barbarah não irá medir esforços, como seu histórico comprova. Em Juiz de Fora por “questões familiares”, a armadora dá um jeito de estar em algumas das principais competições do país para elevar seu nível.

“No ano passado não tivemos sucesso nas inscrições de algumas competições pela ADJF, então acabei jogando o Brasileiro cadete para o time de Novo Hamburgo (RS). Optei por ficar em Minas por questão familiar e por ser meu último ano escolar, já que tenho uma escola (Apogeu) que me dá uma estrutura muito boa”, comenta.

Além de voltar aos estudos e treinamentos, Barbarah já tem claro novo objetivo na carreira. Com o primeiro lugar no Pan-Americano, o Brasil se classificou para a disputa do Campeonato Mundial Juvenil, que tem previsão de ocorrer em agosto, na Polônia. Um grupo de 28 atletas, com Barbarah, seguirá em avaliação para que apenas 16 integrem a equipe em novo compromisso no exterior.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.