Amigo de Neymar e R10, ‘Pelé do Futevôlei’ participa de inauguração de CT em JF

Ao programa Mesa Quadrada, da Tribuna, atleta e professor Bello Soares elogia crescimento feminino no esporte e lamenta falta de calendário no país


Por Bruno Kaehler

15/02/2019 às 18h39- Atualizada 15/02/2019 às 18h51

Ronaldinho bate continência para Bello (à esquerda) (Foto: reprodução Instagram)

Ninguém tem mais títulos que Bello Soares no futevôlei brasileiro. Ao todo, são 28 nacionais e 8 mundiais para o alagoano que passou a ser chamado de “Pelé do Futevôlei”. Em Juiz de Fora para a inauguração do primeiro Centro de Treinamento da modalidade da Zona da Mata, neste sábado (16), às 9h, no Bairro Estrela Sul (Av. Luz Interior, 140), o professor e atleta salientou a ascensão das mulheres no futevôlei e lamentou o trabalho desenvolvido na Confederação Brasileira de Futevôlei (CBFv).

“Hoje não tem um calendário. Existe a Confederação Brasileira, mas está muito distante dos atletas. Como pode isso? Fora do país é muito mais desenvolvido que no Brasil. França, Alemanha… em nível técnico com a gente é o Paraguai. Mas em estrutura a Europa está muito mais desenvolvida. Mas tecnicamente o Brasil ainda é o melhor”.

O sucesso na areia rendeu a Bello amizade com expoentes do futebol, como Elano, Denilson, Neymar e Ronaldinho Gaúcho, e do futsal, caso de Falcão, interessados em praticar o futevôlei. O grupo de astros é reunido pelo WhatsApp ou no futevôlei, esporadicamente. “Nunca imaginei que estaria ao lado dessas pessoas. E hoje eles são meus fãs, me procuram para jogar. Tem o grupo no WhatsApp que eu criei, o ‘Gigantes da Resenha’, ao lado do Elano e dois parceiros, Vinícius e Rafael. E segue firme. Tem o Roberto Carlos, que estava na Índia, sozinho, aí colocamos no grupo. Depois veio o Neymar, Denilson, Falcão, Alexandre e Fernando Pires… e por aí vai.”

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Um dos fatos que mais tem agradado Bello é o interesse feminino na modalidade. “Tem homens que ainda têm receio de jogar com mulher. Eu penso diferente. Tem que incentivar. Hoje, inclusive, o número de praticantes no feminino está quase como no masculino. Pro esporte se tornar olímpico tem que ter o feminino. Temos que ajudar as meninas, não podemos ser machistas. Hoje o futevôlei das meninas é muito dinâmico e isso é muito gratificante.”

Inserção no esporte

Nascido em União dos Palmares (AL), Bello lembrou seu início no esporte para destacar, também, a necessidade de iniciativas de caráter social. “Eu jogava voleibol e limpava o quintal de pessoas que tinham uma qualidade de vida muito boa. Um dia a mulher do prefeito pediu para eu tirar uma fruta do alto de uma árvore. Tirei, o galho quebrou e quebrei os dois braços. Fiquei com receio de dar continuidade no voleibol e comecei no futevôlei. Fui jogando, gostando e surgiu a oportunidade de eu ir para o Rio. Passei a conquistar muitos títulos e, pelas dificuldades que passei, hoje faço muitos eventos beneficentes. Pego as crianças na rua, levo jogador, gente famosa. Da última vez consegui cinco toneladas de alimento.”

 

O Mesa Quadrada desta sexta recebe Bello Soares, o “Pelé do Futevôlei”.
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Publicado por Tribuna de Minas em Sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

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