‘Não é a primeira vez’


Por Tribuna

12/06/2015 às 04h00- Atualizada 12/06/2015 às 09h04

Estado do gramado inspira cuidados (fotos: Olavo prazres/11-06-15)

Estado do gramado inspira cuidados (fotos: Olavo prazres/11-06-15)

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Quando a bola rolou para Tupi e Madureira, no último sábado, a atenção dos torcedores se dividiu entre os lances do empate por 3 a 3 e o estado do gramado. Há muitos anos reconhecido como um palco em boas condições, o Mário Helênio apresentava áreas desgastadas no campo de jogo. A administração do estádio admite o problema e afirma ter iniciado o tratamento, mas alerta que a causa pode ser amenizada, mas não eliminada.

“Estamos em um período bastante crítico para todos os campos. No estádio, temos uma particularidade que é o frio. São alguns graus a menos em relação ao centro da cidade. É uma região muito úmida, o sol já não é como era, o crescimento da grama é mais lento, e isso facilita a presença de fungos. Imediatamente aplicamos produtos, e o gramado sente um pouco. Mas se você vier hoje ao estádio, vai ver que o verde já está voltando. Há pragas que são normais, que podem vir até na chuteira dos jogadores. Estamos sujeitos a essas coisas. Não é a primeira vez que acontece”, afirma Flávio Villela, administrador do Estádio Municipal.

Apesar dos problemas, o administrador nega que o tratamento dos fungos e pragas no gramado tenha atrapalhado o andamento da partida. “O gramado não estava com uma aparência boa, mas não está desnivelado. Como em uma partida com seis gols a gente escuta que a bola não está rolando? Eu também fico chateado por não estar direitinho como estava. Mas no próximo jogo pode estar. Essa administração não deixou de cuidar do campo. Todos os dias temos três profissionais trabalhando. Quando as pessoas sem conhecimento falam, fico chateado não pela crítica, mas pela desinformação. Parece que o campo está abandonado”, lamenta Flávio Villela.

‘Bola viva’

No andamento da partida do último fim de semana, o técnico do Tupi, Leston Júnior, percebeu um estado diferente do que se acostumou a encontrar no Mario Helênio. “É chato falar dessas coisas que envolvem administração municipal, mas é nítido para todo mundo. Está claro que a bola ficou muito viva. Não sei o que pode estar se passando, se foi alguma praga, mas percebe-se que a bola estava mais viva do que normalmente deveria estar. Mas lá existem pessoas capacitadas para solucionar da melhor maneira possível”, avalia Leston, sem entrar em polêmica.

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Parada boa

Em meio ao tratamento do gramado, um alívio. Com a parada dos jogos da Série C por 21 dias, o nível de desgaste do palco tende a ser reduzido. O próximo teste do campo acontece amanhã, quando o Carijó volta a treinar no Municipal. “Temos que liberar para o Tupi treinar. Tudo isso gera desgaste no gramado. Não temos um campo para não ser usado, embora praticamente 99% seja o Tupi que usa. Nada é feito sem conversa. Tenho um ótimo relacionamento com a diretoria. Nosso intuito é atender o Tupi e o nosso torcedor. Até o início de agosto, teremos bastante dificuldade para manter o campo. Nossa preocupação é que o Tupi possa se apresentar bem”, destaca Flávio Villela.

O gramado do Mario Helênio foi completamente substituído em setembro do ano passado, na primeira fase das obras de modernização do estádio. A segunda etapa já passou por licitação e depende de um cronograma de obras adequado às demandas do Carijó para serem iniciadas. Agora será a vez da reforma nos vestiários e cabines de rádio e TV, além da instalação de placar eletrônico e sistema de monitoramento.

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