Sindiclubes vê flexibilização importante na retomada gradual das atividades

Além da possibilidade da prática de atividades físicas que reúnam duas pessoas por quadra, houve a permissão do funcionamento de restaurantes e lanchonetes nos clubes


Por Bruno Kaehler

12/05/2021 às 19h09- Atualizada 12/05/2021 às 22h11

Nesta quarta-feira (12), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) oficializou, por meio de atualização no protocolo do programa municipal Juiz de Fora pela Vida, com publicação no Atos do Governo, uma flexibilização que vai ao encontro do desejo, sobretudo, das agremiações da cidade. Apesar da manutenção da faixa vermelha, passaram a ser permitidas tanto a prática de atividades físicas que reúnam até duas pessoas por quadra, quanto o funcionamento de restaurantes e lanchonetes no interior dos clubes – que seguem sem poder abrir aos sábados e domingos.

A atualização vale apenas em “atividades esportivas não coletivas. (a prática de atividades físicas como tênis e peteca são permitidas, com uma pessoa por lado na quadra. Outras atividades como vôlei e futevôlei também podem ser realizadas na modalidade de treinamento, desde que respeitado o protocolo com uma pessoa por lado da quadra.”) As atividades em ambientes fechados, como as academias, seguem com a permissão de uma pessoa a cada 8m². Para locais abertos, a proporção passa para um praticante a cada 4m².

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O avanço, segundo o presidente do Cascatinha Country Club, Maurício Santos de Oliveira, também representante do Sindicato de Clubes Culturais Recreativos Esportivos e Sociais do Estado de Minas Gerais (Sindiclubes) junto ao Fórum Municipal em Defesa da Vida da PJF, ocorre após o acato da prefeita Margarida Salomão (PT) à algumas das solicitações trazidas pelas associações em um encontro.

“É uma medida importante. Tivemos uma reunião com a Margarida sobre a flexibilização. E vamos seguir os protocolos sempre com muita segurança e responsabilidade, mantendo o distanciamento, respeitando as decisões. Já havíamos pedido isso e também a volta de servir bebidas ao menos no mesmo horário dos restaurantes de fora. Mas faremos o controle que for preciso. Agora, acho que está atendendo os clubes”, relata Maurício.

A necessidade destas autorizações se deve às fragilidades econômicas vividas por muitos clubes na cidade, diante da inadimplência de sócios pelo fechamento das estruturas de esporte e lazer diante das restrições mais severas no município. “Tem muitos passando dificuldades, imagina pagar e não poder frequentar? E lazer é sempre o primeiro a sofrer corte, então vivemos momentos difíceis. O (Clube) Cascatinha, por ter mais sócios, está levando, se ajustando, sempre em conversas com as empresas parceiras. Mas estamos conseguindo seguir. Mas a Associação Portuguesa, por exemplo, tem poucos sócios adimplentes e, sem bares e restaurantes, perde uma receita muito importante”, destaca o representante do Sindiclubes, que afirma cumprir à risca as exigências dos protocolos da PJF no Cascatinha.

“Na entrada há aferição de temperatura e faremos tudo pra não haver aglomerações e eventos, respeitando rigorosamente os protocolos. Tem higienização no clube, os nossos funcionários utilizam toucas e máscaras, ficam uniformizados com identificação e o espaço tem as mesas todas colocadas com um distanciamento. Os sócios recebem os pedidos trazidos por nossos garçons, não podendo se servir, por exemplo.”

Melhores indicadores e inverno próximo

Conforme Maurício, a comunicação com a Prefeitura será mantida, bem como a busca por uma maior flexibilização à medida que os indicadores de contágio e mortes pela Covid-19, além das taxas de ocupação dos leitos de UTI da cidade, melhorem. Mas o clima também pode favorecer. “Está chegando no inverno e a frequência nos clubes cai, porque eles vivem de sol, sábados e domingos. No frio, durante a semana, vai pouca gente. Conseguimos controlar o fluxo de pessoas. E conforme a situação for melhorando, vem a faixa laranja e mais coisas vão sendo liberadas”, analisa o diretor.

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