Tupi ainda deve salários aos jogadores que disputaram a Série D
Atletas aceitaram receber os vencimentos referentes ao mês de maio, abdicando de junho, mas acordo não foi cumprido pelo clube
As atividades da equipe profissional do Tupi em 2019 foram encerradas em junho, após a eliminação na fase de grupos na Série D do Campeonato Brasileiro, mas o elenco que disputou a Quarta Divisão nacional pelo Carijó segue em contato com a cúpula alvinegra. Isto porque atletas e membros da comissão técnica do time juiz-forano não receberam os salários referentes ao mês de maio – o penúltimo na disputa.
Os profissionais do futebol do Galo só não cobram os direitos de junho porque selaram um acordo com a diretoria para que pudessem receber uma parte da dívida sem a necessidade de judicializar a situação. A Tribuna apurou que os jogadores, para garantir o recebimento de um dos dois meses pendentes (maio), propuseram abdicar dos vencimentos de junho, quando trabalharam até o dia 9 – ocasião da despedida da Série D, em duelo que teve 17 pagantes no Estádio Municipal. A resolução teria sido, inclusive, formalizada em documento produzido pelo Tupi.
Novas ações trabalhistas
Além da dívida formada com o elenco de 2019, atletas que passaram pelo clube nas últimas temporadas também têm reivindicado salários atrasados. A Tribuna conversou com um jogador que defendeu o clube em 2018 – preferiu não ser identificado – e confirmou que, após um acordo verbal não ter sido cumprido pela diretoria da agremiação juiz-forana, entrou na Justiça com ação atrás de três meses de salários e ausência de recolhimento do FGTS. Em matéria de agosto do ano passado, um levantamento apontou que a dívida trabalhista cobrada do Tupi já ultrapassava os R$ 3 milhões.
Resposta do clube
A reportagem questionou o clube, na última terça-feira (9), sobre as pendências com os jogadores desta temporada e de anos anteriores. Além da confirmação da pendência financeira com o elenco da Série D, foi perguntado se o clube possui projeção de realizar os pagamentos e quais profissionais têm defendido o Tupi nas audiências realizadas para tratar as dívidas trabalhistas de ex-atletas carijós. Em nota, a assessoria do Alvinegro de Santa Terezinha informou que “segundo a direção, o Tupi não está nas condições financeiras ideais e, na medida do possível, vai procurar cumprir com alguns acertos e acordos.”
Após o término da Série D, a Tribuna também procurou membros da diretoria do Tupi para entrevista. Como resposta imediata, os profissionais asseguravam que uma entrevista coletiva seria promovida para tratar os temas. Indagado se o encontro, ainda não realizado, seguia nos planos alvinegros, o clube optou por não responder.