Técnico do Villa Real atribui empate da estreia à jovialidade e confiança
Média de idade da equipe em campo foi de 21 anos; após 1 a 1 com o Figueirense em JF, Águia visita o Passos no domingo
O Esporte Clube Villa Real estreou no futebol profissional com um empate em 1 a 1 com o Figueirense, no domingo (7), pela primeira rodada da Segunda Divisão do Módulo II do Campeonato Mineiro, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Após um erro dos juiz-foranos na saída de bola pela esquerda, aos 12 minutos de duelo, os visitantes abriram o placar com o centroavante Tonhão e fecharam suas linhas defensivas, com aposta ainda maior nos contra-ataques. A igualdade, no entanto, veio aos 30, após trama pela direita de ataque dos donos da casa e finalização do meia Ramon. “Fico muito feliz (com o gol), mas o resultado não foi o que a gente esperava. Começando a semana, vamos trabalhar firme para tentar sair com a vitória no próximo jogo”, resumiu o autor do primeiro tento da história do “Time do Povo”.
Ver essa foto no Instagram
Conforme a assessoria da Águia, a partida contou com 677 pagantes. Não há divulgação, até o momento, do público presente e da renda. O time mandado a campo pelo técnico Rafael Novaes teve Esio; Adson, Emerson, Luan e Eldinho; Matheus Azeitona, Maicon Mogango e Gui; Ramon, Dane e Wellitin.
De acordo com o treinador, o jovem time sentiu a estreia e, sem a confiança habitual, sofreu com o excesso de equívocos sobretudo no segundo tempo. O Villa chegou, inclusive, a perder o volante Matheus Azeitona, expulso aos 30 minutos.
“Acho que tem tudo a ver com a confiança. Na primeira etapa buscamos errando, mas no segundo tempo esses erros fizeram com que não arriscássemos tanto. E quando tentamos, erramos coisas banais, como domínio e passe. Um segundo tempo de nível muito abaixo, por pouco não saímos com a derrota. Mas também temos que tirar o chapéu pra torcida que veio, apoiou, está acreditando nesse projeto, que não é fácil”, analisa Novaes. “Muitos meninos chegando agora, a média de idade de hoje nossa foi de 21 anos, mas temos que aprender a lidar com a torcida, essa pressão. Agora é trabalhar para que, fora de casa, a gente possa ter a cabeça no lugar, que eles não sintam tanto como hoje (domingo), porque veio um público bacana. Queríamos muito ganhar, mas a outra equipe teve uma parte tática fenomenal, jogou no erro nosso e por pouco não sai com a vitória”, encerrou.
A maturidade tática também foi abordada, com exemplo na primeira atuação da equipe, em que quase todas as investidas foram com Eldinho, pela esquerda, mas com gol saindo pelo lado oposto, em raro ataque no corredor direito. “Na primeira etapa, na hora que demos uma variada, nosso gol saiu da direita. Tanto que pedíamos toda hora pra jogar do lado direito. Na segunda etapa, a galera cansou e acabou que nós não tivemos êxito mesmo variando mais. São ações que fazem parte do processo, cinco ou seis jogadores estreando no profissional”, explica Rafael, que reforçou, ainda, que o meia Kassinho e o atacante Lucas Evaristo deverão encorpar a equipe principal nas próximas rodadas. “É acreditar no processo, não tem nada acabado, foi só o primeiro jogo. Também temos dois atletas para sair no BID, que seriam titulares, mas isso vai acontecer para que a gente possa se reerguer na competição. Não é o fim do mundo e agora é trabalhar para crescer”, completa o técnico.
O Villa Real volta a campo no próximo domingo (14), quando visita o Passos, no município homônimo, às 15h, no Estádio Municipal Starling Soares. Na estreia, o Passos também empatou em 1 a 1, mas fora de casa com o Atlético Clube Três Corações.