JF Vôlei tem o melhor início de Superliga em sua história

Equipe local registra 100% de aproveitamento em três jogos neste princípio de Superliga B


Por Bruno Kaehler

08/02/2021 às 18h33

São apenas os primeiros passos do JF Vôlei na sonhada volta à elite nacional e o discurso, nas entrevistas, sempre reforça a necessidade de manter os pés no chão e pensar jogo a jogo. Mas o novo elenco já marca uma estatística importante na história do projeto após conquistar três vitórias em 100% de aproveitamento nos primeiros compromissos do ano. Estes dados registram o melhor início juiz-forano em uma edição de Superliga, seja na primeira ou na segunda divisão do país.

Desde a estreia do clube em uma Superliga, na edição 2011/2012, foram sete temporadas na elite do voleibol brasileiro e duas (2019 e 2020) na divisão de acesso. Após três rodadas, a UFJF ou JF Vôlei – o projeto mudou de nome em 2015/2016 -, nunca havia vencido dois jogos.

PUBLICIDADE

Mais que isso: o clube ainda não tinha estreado com vitória. Os principais resultados em uma primeira partida juiz-forana até então eram idas a tie-breaks contra Anápolis, pela Superliga B de 2019 fora de casa, e contra o Sesi-SP, no Ginásio da UFJF em 2013/2014.

Não à toa, o grupo comandado pelo técnico Marcos Henrique ocupa a liderança da Superliga B desde a primeira rodada. O time venceu, no último sábado (6), o Araucária (PR) por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/19 e 25/18, em duelo na nova casa da equipe nesta primeira fase da competição, o Ginásio do Riacho, em Contagem (MG), uma vez que, por medidas de enfrentamento à Covid-19, a UFJF não autoriza o uso do Ginásio da Faculdade de Educação Física (Faefid) e nenhuma outra estrutura do município atende ao padrão exigido pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). A partida ainda ficou marcada por um apagão que interrompeu o embate no segundo set, mas não prejudicou o resultado para os mandantes.

Sobre o momento vivido, o treinador do JF Vôlei se disse satisfeito, mas pregou cautela e preferiu elogiar o processo de desenvolvimento do grupo. “Acho difícil fazer comparações com as outras competições, cada uma tem uma característica, mas, sem dúvida, é muito legal estar vencendo porque os atletas têm se dedicado e estamos evoluindo como equipe. Mas são campeonatos diferentes. Fico mais feliz por ter dado confiança para os próximos jogos, de fundamental importância nos nossos objetivos”, destaca Marcão.

Oposto Luis Paolinetti recebeu o Viva Vôlei da última partida das mãos do supervisor do JF Vôlei, Heglison Toledo (Foto: Divulgação/JF Vôlei)

Sequência aproxima time da primeira meta

À Tribuna, o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara, presente em toda a caminhada do projeto, salientou a relevância dos resultados obtidos nas três primeiras partidas, mas seguiu o tom do treinador Marcão.

“É importante começar bem e sempre batalhamos por isso, mas, por dificuldade de adversários nos outros anos (JF Vôlei se acostumou a enfrentar times como Sada Cruzeiro e Minas nas primeiras rodadas da Superliga), e uma série de motivos, não emplacamos uma boa sequência. Mas temos que manter os pés no chão, não adianta vacilar e não manter esta sequência. Queremos aumenta-la para quatro jogos e seguir felizes por correr na frente desta vez, analisa.

No próximo sábado (13), o JF Vôlei recebe o Vôlei Futuro, às 11h, novamente no Ginásio do Riacho, em Contagem. Este duelo é encarado como mais uma decisão também por um motivo especial: a proximidade da conclusão da primeira meta do ano. “Entendemos que com 12 pontos nos mantemos entre os quatro melhores, que é nosso primeiro objetivo pra decidir quartas de final em casa”, explica Marcos Henrique.

O conteúdo continua após o anúncio

“As primeiras colocações na Superliga B valem muito pelas vantagens no cruzamento e de decidir em casa. Mas não queremos ficar em quarto, mas sim vislumbrar sempre as melhores posições, preferencialmente em primeiro ou segundo para decidir a vaga na Superliga A em nossos domínios”, reitera Maurício, que reafirma que não deixará de buscar, ao lado da comissão técnica, a constante evolução do time. “Temos que valorizar esse início, claro, porque traz mais sintonia e energia no elenco. Mas se tem aquela frase que ‘perder é bom que a gente aprende’, por que não seguir aprendendo ganhando? E temos muito a melhorar ainda.”

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.