Novo presidente do Tupi adota cautela, mas afirma ter pensamentos distintos aos de Juninho

A nota divulgada à imprensa, nesta terça-feira (5), pelo novo presidente do Tupi, Eloísio Pereira, o Tiquinho, que sucede José Luiz Mauler Júnior, afastado por 90 dias em meio às investigações da Polícia Civil sobre a administração alvinegra, destacou, entre os temas citados, o entendimento da necessidade de uma reconstrução de dentro para fora na instituição centenária. A Tribuna conversou com o atual mandatário, que preferiu não detalhar os posicionamentos neste primeiro momento, enquanto toma conhecimento do cenário administrativo e financeiro da agremiação, bem como reúne pessoas de confiança para a formação de um novo grupo gestor – mesmo que para, inicialmente, apenas os próximos três meses.

No entanto, Tiquinho e pessoas próximas reiteraram à reportagem que, mesmo como parte da diretoria atual do clube, as filosofias de trabalho se diferem em relação ao presidente afastado. “Minha relação com o Juninho é só de respeito. Os pensamentos são diferentes”, afirmou o novo chefe executivo carijó, objetivamente.

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Empresário, Eloísio Pereira, 44 anos, é sócio alvinegro há 12. A Tribuna apurou que ele é conhecido entre os associados e que possui boa relação com grande parte deles, tendo construído imagem transparente e amistosa, o que favorece, desde já, a mudança na gestão tanto para seu nome quanto na criação de um grupo voltado à oxigenação administrativa do clube, mesmo que em período curto. “Minha relação com o clube é total”, garante. “Todos os dias estou na sede. Mesmo na pandemia estive aqui sempre”, completa Tiquinho à Tribuna. Apesar disso, ele é desconhecido entre os torcedores do futebol carijó, que não frequentam o clube. A aproximação com estes alvinegros é outra meta projetada.

Respostas do novo presidente foram adiadas provisoriamente, como em relação aos integrantes deste novo grupo gestor, a como ele tem acompanhado a investigação da Polícia Civil e todas as ações da cúpula carijó no mandato atual, bem como o posicionamento sobre a possibilidade de novas permutas ou vendas de patrimônio do clube para sanar dívidas milionárias. A intenção exposta, no entanto, é a de que os torcedores e associados tenham conhecimento do verdadeiro estado da agremiação. Para isso, a cautela norteia os próximos passos e motiva a opção por postergar as entrevistas. Uma coletiva deverá ser organizada em breve.