Preparador físico do Tupi minimiza curta pré-temporada para o Módulo II
Luis Augusto acredita que o tempo é hábil para homogeneidade física do elenco até estreia no estadual já neste mês
Com menos de um mês de preparação para o Módulo II do Campeonato Mineiro e estreia no dia 27 de abril, o Tupi tem realizado trabalhos físicos na academia três vezes por semana, além dos treinos técnicos e táticos de segunda a sexta-feira. Mesmo com um elenco de maioria de atletas mais rodados, e alguns que não atuam desde o início do ano, o preparador físico Luis Augusto minimizou o curto período de atividades até o primeiro jogo carijó.
“O tempo não é ideal, mas também não é desesperador, não é para usar isso como desculpa. São 20 dias de trabalho. Hoje o atleta precisa se apresentar em uma condição mínima para poder fazer parte de um grupo, poder suportar uma pré-temporada. É um tempo hábil para fazer o trabalho, dar uma base boa de força, de resistência e no aspecto tático, dar entrosamento. O grupo está dando uma resposta muito boa, jogadores motivados, profissionais da comissão técnica também. Isso que eu acredito que seja o caminho para fazermos uma boa competição” declara Luis Augusto.
O preparador físico entende que alguns atletas se apresentaram melhor fisicamente do que outros, mas procura que todos estejam no mesmo nível. “A gente vai buscar no máximo no decorrer do campeonato uma homogeneidade na parte física, a gente sabe que o grupo se apresentou um tanto heterogêneo, mas é normal isso em uma pré-temporada. Vamos deixar o grupo o mais rápido possível homogêneo, mas o mais importante é que todos estão se dedicando bastante, deixando tudo dentro de campo. O professor coloca muita intensidade nos seus treinamentos, e os jogadores estão suportando bem, dando uma resposta muito positiva”, expõe o profissional.
Com a chegada de atletas mais experientes em todos os setores, como é o caso do zagueiro Adriano Alves, de 36 anos, do centroavante Muller Fernandes, de 33, e do meia-atacante Fabricio Marabá, 32, Luis Augusto tem uma programação diferente. “Em relação aos atletas acima da média de idade do grupo, eles precisam de um trabalho especial, um trabalho preventivo maior. Acaba que eles trabalham mais que os outros, chegam mais cedo e saem mais tarde. Não vejo isso como um ponto negativo, pelo contrário, os atletas mais experientes chegaram melhores, preparados, por se cuidarem mais, terem uma consciência maior”, acredita o preparador carijó.
Treino tático
A Tribuna esteve presente no treino do Tupi nesta terça-feira (5), no Salles Oliveira, em Santa Terezinha. Antes da atividade, o preparador Walker Campos fez um trabalho específico com os goleiros Matheus Cabral e David.
O aquecimento foi o tradicional “bobinho”, com todos os jogadores envolvidos. Depois, Ademir Fonseca esteve com 11 atletas, curiosamente os mais experientes, realizando um trabalho de transição ofensiva, no qual os jogadores saíam com a bola da intermediária defensiva, sem marcação, e realizavam movimentações até chegar no gol com finalizações. Enquanto isso, os mais jovens realizavam cruzamentos e cabeceios.
Já a segunda parte do treino contou com um 11 contra 11, aos olhos do técnico Ademir Fonseca, além de um trabalho específico de escanteio, com os mais experientes no ataque e os mais jovens na defesa.