5ª Taça JF de Voleibol começa neste sábado com equipes da região

Um dos poucos torneios de voleibol amador da cidade, evento reúne várias gerações de atletas com disputa feminina. Homens atuam a partir do dia 13


Por Bruno Kaehler

05/04/2019 às 16h20

Uma rara oportunidade de integração de diferentes gerações para comemorar a paixão em comum pelo voleibol com partidas entre amigos e equipes amadoras. Este é o sentimento das dezenas de atletas que participam, a partir deste fim de semana, da quinta edição da Taça JF de Voleibol, no Sesc Pousada (Rua do Contorno, s/n, Nova Califórnia), com entrada do público gratuita. Mais de dez equipes femininas e masculinas da cidade e região estão garantidas na competição que começa neste sábado (6), a partir das 13h, e domingo (7), às 9h, na disputa feminina, com as equipes Bom Pastor/JF Vôlei, Geração JF, Univôlei, São João del Rei, Cariocas da Gema e Escola de Vôlei Barata.

No outro fim de semana, dias 13 e 14 de abril, os atuais campeões entre os homens, o Reunidos, de Barbacena, são desafiados por Clube Bom Pastor, Univôlei/JF, Matias Barbosa, Três Rios e Aposentados/BH. Ainda há espaço para novos inscritos na competição masculina. As confirmações devem ser realizadas até a próxima quarta (10), pelo contato (32) 98881-2050.

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Vice-campeã no ano passado pela equipe Barata Vôlei, a bancária Marcela Alves, 32 anos, estará novamente em quadra atrás da primeira colocação. A central conta que os jogos são sempre disputadíssimos, e a torcida é presente e participativa. “A expectativa das atletas para o início do torneio é grande, pois nesta data temos a oportunidade de rever amigas e compartilhar esta paixão em comum, que é o voleibol. Este ano vamos com tudo novamente. Fazer valer a pena a presença dos amigos e familiares que comparecerão ao Sesc Pousada para nos prestigiar.”

Barata Vôlei foi vice-campeã da Taça JF de 2018, atrás apenas do IFET (Foto: Divulgação)

Treinadora das categorias de base e master do Sesi, Erika Freitas, 35, que também é ponteira do Geração JF, estará em ação neste fim de semana. À Tribuna, a profissional destacou, ainda, o desempenho técnico que o torcedor poderá encontrar nos duelos com a reunião de grandes atletas formados na cidade.

“A Taça JF chega com um nível tão legal que até amigas que jogam profissionalmente em outras cidades e até países, quando estão em JF, em nome da boa organização e da amizade que o meio nos proporcionou, abrilhantam e aumentam o nível das disputas com suas participações. Esses reencontros são fantásticos! Afinal, construímos grandes histórias juntas na base e é muito bom ver isso ser relembrado com esses encontros, enquanto escrevemos mais um capítulo de uma nova fase do voleibol nas nossas vidas, focado no lazer, mas sem perder o espírito competitivo e toda raça que é peculiar de uma boa disputa”, conta Erika.

Geração JF com alunos de Erika, amigos e familiares em quadra, reunião possível graças a torneios como a Taça JF (Foto: Divulgação)

Escassez de torneios preocupa

A alegria nos depoimentos de Marcela e Erika contrasta com a necessidade de mais torneios de voleibol amador na cidade. A modalidade no município que já revelou nomes como Márcia Fu e Giovane Gávio, e que possui um representante na categoria profissional, o JF Vôlei, atualmente na Superliga B, ainda está longe de ser explorada como os amantes do esporte gostariam.

“Juiz de Fora sempre foi um polo esportivo muito rico em material humano. Haja visto os grandes nomes que se destacaram na modalidade e que um dia também foram amadores. Hoje vemos uma grande falta de apoio desse esporte que tem nessa geração participante inclusive da Taça JF uma gama de ex-atletas formadas na base de grandes clubes da cidade. A escassez de torneios e eventos ligados a modalidade é um fato”, garante Erika.

Para Marcela, jogadora há 11 anos, a ausência de eventos como a Taça JF na cidade possui justificativa no âmbito financeiro. A saída passa por participações em torneios em outras cidades, como no Rio de Janeiro, em que o Barata Vôlei disputa torneio da Liga Carioca até o fim do ano. “O vôlei ainda não é visto como um esporte de retorno financeiro para patrocinadores. Mas nem por isso deixamos de participar quando as raras possibilidades de eventos como este acontecem na cidade. Espero que este ano o envolvimento seja maior, e que assim como o futebol, o vôlei conquiste um lugarzinho reservado no coração do juiz-forano. Precisamos incentivar nossos jovens a dar continuidade a essa história de conquistas”, avalia ela.

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A busca por mais torneios passa, também, na visão de Erika, pelo futuro do voleibol juiz-forano. “A Taça JF é vista de forma muito importante para a manutenção e o estímulo da prática dos amantes desse esporte. E ainda, no meu ponto de vista, como professora, auxilia no incentivo e fidelização de novas gerações. Como acontece na nossa equipe Geração JF, em que filhos de nossas atletas, meus alunos e amigos acompanham, torcem e buscam praticar o voleibol através do nosso exemplo.”

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