Contra o Araucária, JF Vôlei tenta seguir 100% na Superliga B, em Contagem

Partida com mando juiz-forano, líder neste início de competição, ocorre às 17h do sábado no Ginásio do Riacho, com transmissão on-line


Por Bruno Kaehler

05/02/2021 às 07h00- Atualizada 05/02/2021 às 13h50

“Matar um leão por jogo.” Este é o pensamento do JF Vôlei, conforme o central Fernando Pilan, para que, de degrau por degrau, a equipe conquiste o acesso desta Superliga B masculina. O próximo desafio do até agora líder da competição ocorre neste sábado (6), às 17h, contra o Smel Araucária/ASPMA/Berneck. O duelo não será realizado em Juiz de Fora por conta do time não ter conseguido um local na cidade para sediar seus embates da primeira fase. Com isso, as partidas foram passadas para o Ginásio do Riacho, em Contagem (MG), palco também utilizado pelo Sada Cruzeiro na elite do voleibol nacional. O evento será transmitido pelo Canal Vôlei Brasil, por meio deste link.

O confronto vale pela quarta rodada do campeonato. No entanto, surtos de Covid-19 em algumas equipes já fizeram com que muitas partidas fossem adiadas. O JF Vôlei, por exemplo, após vencer seus dois primeiros embates (Vila Nova e Aero/Unimed) e somar 6 pontos na liderança, teve data do seu terceiro jogo alterada por casos positivados no Brasília Vôlei/Upis, que seria o adversário. O mesmo ocorreu com Araucária, mas em dose dupla. Os paranaenses não puderam enfrentar Anápolis e Vôlei Futuro por conta de atletas contaminados nestes clubes. Desta forma, realizou apenas um jogo, contra Brasília, fora de casa, finalizado com derrota de 3 sets a 1.

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Em entrevista à Tribuna, Pilan projetou o duelo contra um adversário ainda pouco visto em quadra. “Não cheguei a ver o jogo deles (com Brasília) porque estávamos em quadra no mesmo horário em Goiânia, mas será como toda a Superliga B. Temos que matar um leão por jogo e ir pra cima com tudo, sem subestimar o adversário e dar mole porque é um campeonato que muda da água pro vinho desde a fase classificatória. Mas contamos e precisamos da vitória até para o crescimento como equipe e, claro, na competição”, analisa o meio de rede.

Apesar da liderança e um começo de seis sets vencidos e apenas um perdido, todos fora de casa, Pilan destacou a necessidade de evolução na equipe, já que os duelos também terão dificuldades cada vez mais elevadas na trajetória em busca do acesso. “O bom dessas vitórias é que vemos que ainda podemos melhorar muito, em ajustes finos como equipe e nos técnicos, que o Marcão pede. Perdemos muitas bolas bobas nesses dois jogos por falta de comunicação e durante a liga vamos tentar refinar isso. Nossa técnica em quadra também. Temos que chegar nas quartas de final na melhor forma possível, com a equipe bem fechada, unida e com o sistema de jogo bem executado.”

Pilan é um dos únicos remanescentes da última temporada do JF Vôlei (Foto: Vinícius Serra/JF Vôlei)

Viagem x estrutura de ponta

O JF Vôlei viajou no início desta manhã para Contagem (MG). Naturalmente, a necessidade do embarque para realizar os jogos como mandante não estava no script, tampouco é motivo de comemoração. Ainda assim, o central Pilan entende que o desafio inesperado é apenas mais um em uma temporada já marcada por eventos extraordinários.

“O ponto negativo é essa viagem pra BH para fazer o jogo, já que em casa seria perfeito por estar no seu ambiente diário. Mas como é uma temporada atípica, cheia de adversidades, até dificuldades físicas (pelo tempo sem partidas no início da pandemia), temos que abraçar mais uma vez e ir pra cima. Transformar em nova motivação e fazer essa viagem para BH valer a pena. Não pode atrapalhar nosso psicológico”, avalia, destacando, ainda, um ponto da mudança que certamente será desfrutado. “O Riacho tem uma das melhores estruturas do Brasil, então não existe questionamento sobre a estrutura. É o melhor ginásio que a Superliga B está tendo e com certeza pode favorecer os dois times a desenvolver seus jogos.”

Diferenciais do novo elenco

Um dos poucos remanescentes da temporada passada, Pilan ainda foi questionado sobre quais aspectos destaca no novo grupo formado e não titubeou ao elogiar seus companheiros. “O volume de jogo e a qualidade técnica da equipe são diferenciais. Nesse ano o Marcão (Marcos Henrique, técnico) pesou para atletas mais novos e com disposição, como ele sempre tenta buscar de características, e também pelo estilo de treino que prefere. Tem dado certo até aqui, porque é tudo baseado em estudos que ele faz das outras equipes também, o que significa que estamos no caminho.”

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