Ultramaratonista disputa prova de sete dias em Portugal

Gerson Silveira, 56 anos, irá correr 170 quilômetros a partir deste sábado (5). Depois, ainda irá pedalar até a Espanha


Por Bruno Kaehler

03/10/2019 às 07h00- Atualizada 03/10/2019 às 07h39

“Não tenha medo do caminho. Tenha medo de não caminhar.” Entre as populares frases nas obras do escritor Augusto Cury, este pensamento se tornou lema do ultramaratonista Gerson Silveira, 56 anos. E é com este espírito que ele foi até Portugal, onde irá participar da Foz Côa Douro Trail Adventure, uma prova de sete dias que totaliza cerca de 170 quilômetros percorridos de Porto até a cidade de Foz Côa, entre este sábado (5) e o próximo dia 11.

“Quando partimos para algum objetivo na vida, temos que ter um receio, porque o que é novo nos amedronta, mas devemos buscar as conquistas em meio às dores ou o que for. É um lema de caminhantes, peregrinos, e que coloquei na minha vida como corredor. Quando fazemos disso um mantra, vamos embora, terminamos provas e já nos preparamos para as próximas”, explica o atleta.

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Gerson treinou em locais como o Morro do Cristo (Foto: Felipe Couri)

Nos primeiros cinco dias de prova, Gerson irá correr distâncias entre 15 e 25 quilômetros. “É uma prova diferente do meu perfil, por ter distâncias menores até o sexto dia, quando serão 53 quilômetros. Quero largar e chegar em um tempo legal, mas não busco o primeiro lugar porque, com 56 anos, é complicado. Pretendo correr, em média, duas horas por prova até o sexto dia, e mais sete horas no percurso mais longo. Assim, no último dia, acredito estar inteiro para finalizar a prova contente e sem lesões”, conta.

O corredor tatua as principais experiências em ultramaratonas (Foto: Felipe Couri)

Há 12 anos em ultramaratonas, o experiente corredor juiz-forano também está acostumado com eventos no país europeu. “Desde 2015 vou a Portugal competir. Será meu primeiro ano nessa prova, que está em sua segunda edição, mas já participo há cinco da PGTA, a Peneda-Gerês Trail Adventure, que começou com 280 quilômetros, mas hoje está em 220 a 240, sempre em montanhas. A primeira coisa que me faz ir lá é a organização, o respeito ao atleta. E o grau de dificuldade é para todos, uma prova de montanha. Tem o problema de fuso horário, que já nos pega um pouco, o clima, que geralmente pego muita chuva, nesse ano mesmo cheguei a pegar neve, e descidas e/ou subidas muito acentuadas.”

Pedal após ultramaratona

Após os 170 quilômetros, Gerson ainda irá realizar um desafio pessoal de bicicleta, indo até a Espanha. “Uma semana depois da ultramaratona, vou ao lado de outro brasileiro, que mora em Braga, fazer 240 quilômetros em quatro dias de bicicleta. Será um passeio até Santiago de Compostela. Tenho vários caminhos feitos nesses anos, inclusive alguns de bicicleta”, explica.

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