Bárbara Rocha e Igor Ribeiro buscam título brasileiro de kickboxing

Lutadores competem em um dos principais torneios da arte marcial no país visando importante passo rumo à profissionalização


Por Bruno Kaehler

03/09/2021 às 11h29

Os lutadores Bárbara Rocha (Chakuriki) e Igor Ribeiro (Team Ribeiro/Chakuriki) entram em ação, a partir da próxima segunda-feira (6), pelo 30º Campeonato Brasileiro de Kickboxing, com realização na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. Mais que os cinturões em disputa, a dupla supervisionada pelo mestre Carlos Silva encara a possibilidade de título como importante passo no caminho da profissionalização na arte marcial.

O primeiro a lutar será Igor, segunda-feira, na categoria adulta, até 80kg. Aos 24 anos, o juiz-forano possui histórico vencedor no taekwondo, onde é faixa preta. Desde pouco antes do início da pandemia, no entanto, ele já alimentava o projeto de transição para o kickboxing pensando em seu futuro no esporte.

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“Lutei durante muitos anos o taekwondo e no kickboxing a minha ideia é profissionalizar, já que o esporte permite isso, tem bolsas, enquanto o taekwondo não, e só esporte olímpico”, explica. “Vou procurar ganhar títulos nacionais e o Brasileiro vale muito pra mim. Depois, ir buscando espaço em eventos fora do Brasil. O nacional vai estar valendo até um cinturão bem bonito, mas é só uma bonificação, o título é o mais importante”, reforça.

Bárbara Rocha realizou parte da preparação com a seleção brasileira no Paraná (Foto: Chakuriki)

Segundo Igor, naturalmente, há uma diferença entre as duas artes marciais, que demandaram uma adaptação em seus treinamentos. “Consegui agregar bastante do taekwondo, sou faixa preta há bons anos, assim como no hapkidô, e fiz uma transição para o kickboxing devagar. Antes da pandemia já lutava, fui fazendo a transição e adequando minhas técnicas dentro do kickboxing. Também por isso vejo que tenho meus chutes como o diferencial”, destaca.

Apesar disso, ele admite que teve uma preparação para o Brasileiro prejudicada pela pandemia. “Foi muito difícil, essa é a realidade. Além dos treinos em si, eu empreendo com meu irmão. Temos três unidades em JF e o foco principal foram elas, e não os treinos. Segurar a peteca nesse tempo sem fechar as unidades e manter os funcionários. Então o treino mesmo foi pouco, voltei minha preparação para esse evento faz cinco semanas, de forma ativa.”

Igor Ribeiro é faixa preta de taekwondo e se adaptou ao kickboxing (Foto: Rise Up Mídia)

Leoa de olho no Sul-Americano

Um dia após as lutas de Igor, será a vez de Bárbara Rocha, a “Leoa”, se apresentar no torneio nacional. A atleta de 23 anos, natural de Tocantins (MG), mas que também treina em Juiz de Fora pela Chakuriki, irá estrear no evento da Confederação Brasileira de Kickboxing (CBKB) pela categoria 60kg, faixa colorida, na modalidade K1.

“Desde que filiei à Federação, entrar nessa disputa se tornou um objetivo e um sonho. Estou preparada e confiante no trabalho feito até aqui”, destaca Bárbara. Pelo destaque no esporte, a mineira integrou, recentemente, um inédito camping de treinamento com a seleção brasileira em Cascavel, no Paraná.

A experiência fez parte relevante de sua preparação para o Brasileiro. “Os treinamentos foram firmes como sempre, parte física e técnica, mas seguindo à risca uma dieta um pouco mais restrita para bater o peso com saúde e segurança, tudo com acompanhamento profissional”, reforça a lutadora.

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O objetivo principal de Bárbara pode levar a lutadora à realização de mais um sonho, já que ela já possui convocação para disputar o Mundial de KickBoxing em 2022, nos Estados Unidos. “A meta é voltar com título, cinturão e a vaga para o sul-americano em dezembro”, resume. A participação no torneio continental é condicionada justamente à primeira colocação no Brasileiro, inicialmente.

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