Gol fechado garante bons resultados ao Galo Carijó

Consistência de Paulo Henrique é um dos trunfos do Tupi na trajetória pela classificação na Série C


Por Bruno Kaehler

02/09/2017 às 07h13- Atualizada 02/09/2017 às 17h13

Nas 24 partidas em que atuou este ano, Paulo Henrique sofreu 22 gols

A temporada começou, e o torcedor do Tupi certamente não imaginava que um dos pilares do clube na temporada estaria no banco de reservas, com vontade de calçar as luvas e mostrar suas qualidades sob o travessão da meta carijó. O goleiro Paulo Henrique, 23 anos, atua nesta segunda-feira (4), às 21h, contra o Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, em duelo da penúltima rodada da fase classificatória da Série C, em que sua invencibilidade durante os 90 minutos pode garantir uma classificação às quartas de finais.
Dos 27 jogos do Tupi no ano, Paulo Henrique participou de 24 – consecutivos. O atleta só atuou menos que Bruno Santos no elenco, com 25 partidas, por ter sido reserva de Gideão nas três primeiras rodadas do Estadual.

‘Espero deixar meu legado’
Desde que ganhou a vaga, no dia 18 de fevereiro, no empate sem gols com o Tricordiano em Três Corações (MG), ele não desfalcou o Galo em uma partida sequer. A mais importante delas será justamente a desta segunda, contra o Volta Redonda, pela possibilidade do objetivo. “Sou um cara muito tranquilo, não fico muito nervoso antes dos jogos. Sei que será um jogo muito difícil e vou encarar como uma final, como sempre fiz. Vou fazer o meu melhor, tem bolas que são impossíveis de pegar, mas vou tentar mesmo assim defender para não sair com gol sofrido e ter a classificação nessa rodada”, relata o camisa 1.

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Sua trajetória ganhou destaque pelo desempenho e números. Nestas 24 partidas, Paulo Henrique sofreu 22 gols. Destes, quatro foram contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte (MG), na única partida que Paulo Henrique sofreu mais de dois gols. Em apenas cinco confrontos com o goleiro, o time juiz-forano levou dois gols ou mais. Estatísticas como essas reforçam o status de postulante a ídolo carijó.
“Já vejo um carinho especial da torcida quando saio do jogo. Muitas pessoas gritam meu nome e fico feliz por isso, porque demonstra que meu trabalho está sendo bem feito e valorizado pela torcida. Conheço, de ter jogado contra, o Rodrigo (Vianna), que é um grande goleiro e mereceu virar ídolo do clube. Espero fazer por onde também, merecer esse respeito, e ser um ídolo. Quero terminar o campeonato e ainda ser lembrado por muitos anos não só pelo Walker, pela diretoria, mas também pelo torcedor. Espero deixar meu legado”, objetiva o jogador emprestado pelo Goiás (GO).

Além da velocidade, a seriedade de Paulo Henrique chama a atenção nos treinamentos e jogos. Comportamento que parece com o de um veterano na posição. “Meu pai sempre me falou que brincadeira fora de campo tem que existir, então sou extrovertido, fico zoando todo mundo. Mas entrou no campo, acabou. Estou no meu trabalho e tenho que enfrentar como meu ganha pão. A felicidade deve existir, mas em campo o goleiro tem que ser sério, se impor. Não precisa ser o capitão, mas agir como um”, afirma.

Aílton Ferraz promove mudanças
Durante a semana, o técnico Aílton Ferraz promoveu a entrada de Romarinho no time titular, em coletivo fechado à imprensa no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O zagueiro Edmário, com pubalgia, deve ser o único desfalque do Galo. A provável formação carijó tem Paulo Henrique; Lucas, Patrick, Fernando e Bruno Santos; Marcel e Leandro Brasília; Marcinho, Diego Luis e Andrey; Romarinho. Do lado do Voltaço, a projeção é que o ex-Tupi, Felipe Surian, leve Michel Benhami para o jogo, com outro atleta de história em Santa Terezinha. O artilheiro do time, David Batista, retorna à equipe da Cidade do Aço.

 

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