‘Bom mineiro’ e nocauteador


Por Tribuna

02/09/2016 às 07h00- Atualizada 02/09/2016 às 08h09

Após estreia com nocaute, juiz-forano espera chance de lutar no Brasil (Guilherme Arêas)

Após estreia com nocaute, juiz-forano espera chance de lutar no Brasil (Guilherme Arêas)

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Foi necessário apenas o período de um minuto e 13 segundos para o lutador juiz-forano Felipe Silva, estreante no UFC, mostrar aos amantes do MMA a que veio. O nocaute no canadense e dono da casa Shane Campbell surpreendeu a quem não conhecia o estilo do atleta, de 32 anos. “Acho que para minha estreia estava muito bem preparado física e psicologicamente. A mídia vem falando que foi uma estreia avassaladora, mas não vi dessa forma. Me surpreendi com o tempo, porém tenho essa característica de terminar lutas no primeiro round e foi o que busquei o tempo todo”, analisou Silva, em visita à redação da Tribuna.

Desde que seu braço foi erguido pelo árbitro e seu nome foi anunciado como o vencedor, o juiz-forano teve pouco tempo para refletir sobre as possíveis consequências do feito. A projeção, no entanto, é otimista no âmbito financeiro. “Passei muito tempo em viagem. Sai de Vancouver, depois fui pra Houston, São Paulo, Curitiba, mais 15 horas de volta para casa, então não tive muito tempo ainda, mas algumas mídias especializadas me ligaram e acredito que vá melhorar muito. Nas lutas principais e disputas de cinturão, o UFC paga a passagem do atleta e de um técnico, e como geralmente é longe, e acabou sendo junto do final da Olimpíada praticamente, tive que pagar do meu bolso passagens para meus técnicos.”

Felipe espera que sua trajetória também impulsione o esporte e o apoio na cidade natal. “Espero que isso ajude a melhorar. Algo que impactou bastante foi eu ser o primeiro atleta de Juiz de Fora a chegar no UFC. Esse bom trabalho também fiz pensando em motivar muita gente, porque Juiz de Fora é um celeiro muito bom de atletas. Tenho que ir para Curitiba porque todos os atletas lá são profissionais, o que não acontece aqui ainda, infelizmente. Na luta que me credenciou a ir para o UFC, tive que investir R$ 12 mil em passagens por falta de apoio e espero que isso possa mudar”, contou.

O próximo desafio do lutador ainda não foi oficializado, mas ainda há a esperança de atuação em São Paulo, dia 19 de novembro, no UFC Fight Night 100. “Causei uma boa impressão, mas o card já está todo fechado, me parece. Muitas coisas podem acontecer ainda. Fiquei entre as melhores lutas e na hora mesmo parecia que queriam me instigar a pedir algum adversário, mas acho muito cedo.Como todo bom mineiro, tenho que comer quieto, mas, se pudesse pedir alguma coisa, seria para lutar no Brasil, onde ficaria muito feliz de estar perto dos meus amigos, família e alunos.”

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