Professor juiz-forano disputa Sul-Americano de Jiu-Jítsu no domingo

Linus Pauling irá até o Rio de Janeiro buscar título pela categoria master; faixa preta tem meta de competir mensalmente em tatames cariocas em 2022


Por Bruno Kaehler

02/02/2022 às 18h34

Atual campeão mineiro de judô, o professor Linus Pauling terá no jiu-jítsu, onde é campeão do Rio, o primeiro desafio oficial em 2022. O juiz-forano irá disputar, no próximo domingo (6), o Sul-Americano da arte marcial, competição chancelada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Olímpico (Cbjjo) e realizada na Arena da Juventude, também conhecida como Arena de Deodoro, no Rio de Janeiro (RJ). Com 45 anos, ele passa faz sua última temporada na categoria master 3 (de 41 a 45 anos) entre os faixas pretas.

“Passei o mês de janeiro me preparando para esse evento, que pretendo voltar como campeão. Pretendo representar minha equipe e cidade e trazer mais uma vez o ouro”, projeta Linus à Tribuna. “Esse campeonato tem uma importância enorme, vai me dar um parâmetro de como foi meu treinamento no último mês, o que preciso ajustar e melhorar”, completa.

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Além disso, o atleta e professor possui meta desafiadora para a nova temporada. “É participar de todos os eventos que vão acontecer no Rio. Será praticamente um por mês. E quero aumentar a quantidade de ouros”, relata. Neste norte, ele conta com o apoio de sua equipe, a Gamonal Fighters. “Como é um campeonato por mês praticamente, tenho que estar preparado o ano inteiro. Vai ser puxado, com treinos fortes e preciso seguir focado, mas tenho uma boa equipe. Pra esse evento de domingo, contei com a orientação do meu sócio e professor, o Wagão Wats, e também treinei com meus alunos”, detalha Linus.

Linus Pauling se preparou durante um mês para bater peso e competir no Rio (Foto: Arquivo pessoal)

Distância, patrocínios e pandemia

Apesar da confiança e do otimismo de Linus, os obstáculos perduram como na vida da maioria dos atletas da cidade. Somente a qualidade técnica pode não ser suficiente para que ele esteja em todos os torneios que deseja no ano e siga na representação do município. “Sempre gosto de estar disputando os campeonatos no Rio porque são de alto nível, tanto a estrutura quanto os adversários, mas não é fácil. A nossa desvantagem já começa na distância, visto que a maior parte dos outros atletas demora, às vezes, 30 minutos de casa até a arena, enquanto fazemos uma viagem”, pontua o juiz-forano.

Prova disso é que ele irá sozinho nesta primeira competição, sem a companhia de alunos e colegas da equipe. “Muito alunos não se sentem preparados agora com uma competição já de cara e, além de questão de trabalhos, tem o orçamento. Acabam tendo que escolher somente alguns campeonatos para ir”, reforça.

O mesmo pode acontecer com Linus, que há anos lida com as dificuldades de apoio. “Aqui em JF o patrocínio é muito difícil, então precisamos estar trabalhando com outras coisas para poder manter os campeonatos e a preparação. Mas, mesmo com todas as dificuldades, conseguimos estar sempre no pódio e muitas das vezes em primeiro, o que nos enche de orgulho por saber que estamos no caminho certo.”

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