Aílton Ferraz reclama das condições de treinamento no gramado de Santa Terezinha
Treinador diz que já solicitou outro local para o Tupi, que está na vice-liderança do grupo B
A ótima campanha do Tupi na série C do Campeonato Brasileiro, onde ocupa a vice-liderança do grupo B com 20 pontos, está surpreendendo a todos. No entanto, os resultados obtidos nos jogos contrastam com as dificuldades enfrentadas pelo time durante a semana, que não está conseguindo realizar treinos no seu campo, o Salles Oliveira, em Santa Terezinha. O fato tem gerado constantes reclamações do técnico Carijó, Aílton Ferraz, que considerou que o time não jogou bem na vitória por 3 a 1 sobre o Joinville, no último sábado, no Estádio Radialista Mário Helênio, mas a equipe, que até então era desacreditada, está chegando e, por isso, ganhou o respeito dos outros times. Para Aílton, o rendimento da equipe poderia ser melhor se os treinamentos fossem realizados em um campo semelhante ao gramado do Estádio Municipal.
“Equilíbrio nós temos. Jogamos bem contra a Tombense, mas enfrentamos uma equipe muito inteligente, pegamos um campo molhado. Nunca jogamos em um campo molhado. Inclusive, estamos até sem campo. Isso é o que está acontecendo com a gente. Estamos saindo de Santa Terezinha. Precisamos de gramado. Até vamos passar para a diretoria correr atrás o mais rápido possível. Porque um time de futebol que joga num campo bom, precisa treinar num campo bom. Até mesmo para poder qualificar os jogadores. E eu fiquei preocupado essa semana, pois não tínhamos jogado em campo molhado. Com essa chuva erramos alguns passes, tempo de bola, mas valeu a superação, a entrega. A gente sabe que para chegar bem numa série C, não basta jogar bonito, a bola tem que entrar e temos que jogar forte”, avalia Aílton.
Curiosamente, em 2014 e 2015, anos das melhores campanhas do Tupi na série C, o panorama vivido era o mesmo: o time não tinha local fixo de treinamento, mesmo assim conseguiu a melhor campanha da fase de classificação, em 2014, perdendo a decisão do acesso para o Paysandu-PA. No ano seguinte, o Tupi terminou a primeira fase em terceiro, conseguindo o acesso à série B contra o Asa-AL.
Apesar do histórico favorável, a diretoria do clube está se movimentando para conseguir bons locais de treinamento, mas destaca que o período seco é um dificultador. De acordo como diretor de futebol do Tupi, Nicanor Pires, nesta terça-feira (1º), por exemplo, o treino será realizado no campo da AABB.
“Estamos trabalhando nisso. Fixo, por enquanto temos somente o campo de Santa Terezinha e o estádio. Tivemos uma conversa inicial com Tupynambás, mas ainda não tivemos uma definição. Sabemos que no inverno o gramado dos campos fica mais danificado, mas contamos com o apoio de todos os setores da cidade nesse momento importante que vivemos na competição”.
Apesar da intenção do Tupi em utilizar o gramado do Tupynambás para treinamentos, o presidente do Baeta, Francisco Quirino, disse que só pode liberar o campo com o aval do diretor executivo do futebol do clube, Alberto Simão, com quem o Baeta possui um contrato de cinco anos.