Tupi se reapresenta com Vilar e Brasília, e sem Afonso, Aislan e Romarinho

Treino desta segunda (1º) comandado por Beto foi fechado à imprensa. Apesar da ausência, Afonso deve seguir, e Romarinho negocia


Por Bruno Kaehler

01/04/2019 às 19h58- Atualizada 01/04/2019 às 20h26

Com o foco na Série D do Campeonato Brasileiro, com estreia no dia 5 de maio, contra o Hercílio Luz (SC), fora de casa, o elenco do Tupi se reapresentou nesta segunda-feira (1), em Santa Terezinha, onde já conversou com o técnico Beto e realizou treinamento no Salles Oliveira. O goleiro Vilar e o volante Leandro Brasília participaram normalmente da atividade, que não contou com o lateral-direito Afonso, com o zagueiro Aislan e com o atacante Romarinho.

Segundo o médico carijó, que participa da formatação do elenco para a quarta divisão nacional, Leonardo Freguglia, a situação de cada um dos três atletas ausentes é diferente. O clube deve seguir com Afonso e conversa com Romarinho pela permanência do jogador, que possuía contrato com o Galo apenas até o fim do Estadual. Já Aislan teria recebido e optado por proposta de outra agremiação.

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Vilar é um dos poucos atletas poupados pelo torcedor do Tupi após o rebaixamento ao Módulo II (Foto: Fernando Priamo)

A primeira movimentação da intertemporada também confirmou a permanência, na comissão técnica, do preparador físico Jonas Neves, que chegou no clube com o treinador e o consultor de futebol, André Luiz, no fim do Mineiro. A ideia de Freguglia é que as funções vagas, como de auxiliar e preparador de goleiros, tenham definição até esta quarta (3), quando o clube trabalha com a possibilidade de realizar coletiva de imprensa.

A Tribuna apurou, ainda, que o clube deve conversar, ao longo desta semana, com atletas que estiveram no treinamento desta segunda para discutir questões salariais e o futuro de cada jogador. Logo, a presença em Santa Terezinha não assegura a sequência para a Série D.

‘Estão motivados e cientes da responsabilidade’

À assessoria do clube, o técnico carijó, Beto, elogiou o comportamento do elenco após o primeiro treino em Santa Terezinha. O comandante afirmou ter ressaltado, aos atletas, a importância de um acesso do clube, visto que se isto não ocorrer, o Tupi volta a não ter calendário no segundo semestre de 2020.

“Tivemos dez dias de folga para que os jogadores se recuperassem tanto na parte física, quanto na mental, que também é muito importante. Hoje já tivemos uma conversa com os atletas e uma resposta positiva diante do treinamento. Estão motivados e bem cientes da responsabilidade que temos agora. Se já havia responsabilidade com o rebaixamento do clube, agora com a necessidade do acesso para a Série C estão bem motivados. Vamos procurar trabalhar isso, o prazer de voltar a jogar futebol da maneira que eles sempre gostam”, destacou Beto.

Myrian dá entrevista ao site do clube

Também para a assessoria carijó, desta vez no site oficial do Tupi, a presidente alvinegra, Myrian Fortuna, se posicionou. Sobre o rebaixamento ao Módulo II do Campeonato Mineiro, a mandatária afirmou ter feito o possível para evitar o resultado. “Tentamos algumas parcerias, que não deram certo. Se eu soubesse que não daria certo, claro que não entraria”, reiterou.

Sobre a relação com o ex-diretor de futebol, Nicanor Pires, ela lembrou todo o trabalho do dirigente para justificar gratidão e permanência. “Sempre tive muita confiança, porque ele veio para o Tupi em uma situação delicada. O clube saindo de uma parceria e ele veio, assumiu conosco, sem recurso, foi comigo atrás de vários parceiros para conseguir patrocínio e foi uma pessoa que demonstrou muita competência. Com o Nicanor nós quase subimos contra o Fortaleza, fomos campeões mineiros do interior, era nítido que ele tinha conhecimento de causa. Só que, com o rebaixamento da Série C, ficou uma preocupação com o que aconteceu, já que o time vinha bem. Mas eu não podia ser ingrata, ele ficou comigo no momento em que o clube mais precisava, conseguiu vários jogadores emprestados a baixo custo para o Tupi, ele tinha jogo de cintura para isso. Mas, quando chegamos no meio do Mineiro, sem vencer uma partida, foi quando nós conversamos e chegamos em um consenso do Nicanor se afastar, por vários desgastes. Ninguém mandou o Nicanor embora, houve uma conversa e um consenso ao bem do Tupi.”

Myrian Fortuna vive o último ano do segundo mandato no Tupi (Foto: Marcelo Ribeiro)

Sobre a falta de transparência no clube, crítica comum da torcida, a presidente voltou a ser enfática. “Temos transparência onde a gente tem que ter, porque temos muitos contratos de confidencialidade que não podemos revelar certas coisas. Eu não posso pegar um microfone e anunciar quem paga quanto, dá isso ou aquilo, não posso fazer isto. Eu entrei aqui aprendendo a ser assim, seguindo o que sempre está no contrato”, relatou.

Fortuna ainda criticou a ação “público zero” de carijós na partida contra o Cruzeiro, pela penúltima rodada do Estadual, e abordou outros temas, disponíveis no site oficial carijó. Aos jornalistas, a presidente continua sem conceder entrevistas e, inicialmente ela não irá convocar a imprensa para responder outros questionamentos dos torcedores.

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Tópicos: futebol / tupi

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