Procon identifica redução de preço em menos da metade dos produtos na Black Friday


Por Fabíola Costa

28/11/2016 às 19h28

Dentre os 74 produtos cujos preços foram monitorados em Juiz de Fora pelo Procon no dia 18 e uma semana depois, na Black Friday (dia 25), apenas 30 itens ou menos da metade (40,5%) apresentaram queda real de preços. A maior diferença foi de R$ 500 encontrada em um refrigerador de 435 litros, frost free, que era vendido a R$ 2.699 antes da promoção. Neste caso, o valor do produto caiu para R$ 2.199 durante o saldão.

Para o superintendente do órgão, Eduardo Schroder, a promoção é um “engodo”. A diferença de preços, na sua opinião, é quase inexistente se comparada à agressividade da propaganda direcionada ao consumidor. Segundo ele, houve, inclusive, mercadorias cujo preço aumentou nesse intervalo de uma semana. Segundo Schroder, o órgão de defesa do consumidor ainda vai avaliar quais medidas serão adotadas em relação aos estabelecimentos em que houve a pesquisa e a comparação de preços: quatro grandes redes com filiais na cidade.

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Já o Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon) da Câmara Municipal monitorou, durante o dia, denúncias de ofertas suspeitas por meio das redes sociais. Conforme balanço do órgão, foram recebidas 32 demandas. Segundo o coordenador Carlos Alberto Gasparete, a maioria dos consumidores não conseguia efetivar a transação, ora porque o preço, no fechamento da compra, era mais alto do que o anunciado ou porque o valor do frete era omitido e só aparecida após a efetiva aquisição. A orientação dada por ele foi imprimir todo o passo a passo da compra, para fundamentar reclamação nos órgão de defesa do consumidor. Mesmo fora do dia promocional, os usuários podem continuar expondo a situação em suas contas pessoais (Facebook ou Twitter), utilizando, na postagem, a hashtag #sedeconnablackfriday.

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, realizou nos dia 24 e 25 a Operação Black Friday. Foram constatadas irregularidades em nove dos 58 estabelecimentos visitados. Lá em São Paulo, as empresas serão autuadas e responderão a processo administrativo, podendo, ao final, serem multadas. O problema na precificação foi a principal irregularidade encontrada. Entre os casos identificados, estão produtos sem preços, com código referencial, mas sem respectiva tabela de preços, precificação unicamente por meio de código de barras, precificação não ostensiva e dois preços para o mesmo produto.

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