Faturamento sobe, mas tíquete médio cai na Black Friday
Aumento nas compras on-line foi superior a 10% na comparação com campanha do ano passado
A Black Friday gerou faturamento de R$ 2,1 bilhões para o e-commerce brasileiro em 2017, alta de 10,5% ante os R$ 1,9 bilhão registrados no mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Ebit, que apontou, também, que o número de pedidos cresceu 14%, de 3,30 milhões para 3,76 milhões. O tíquete médio, no entanto, caiu 3,1%, de R$ 580 para R$ 562, na comparação entre os períodos. Procurado, o Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio) prometeu para esta terça (28) uma avaliação do dia promocional em Juiz de Fora.
Na avaliação do CEO da Ebit, Pedro Guasti, a queda no gasto médio é justificada pelo fato de os varejistas terem feito ações promocionais mais agressivas nas categorias de maior valor agregado, que são as mais consumidas no e-commerce, na tentativa de atrair consumidores. Os eletrodomésticos foram os produtos em destaque nesta edição, representando 23% do faturamento total. Já os celulares foram responsáveis por 21% da receita de vendas, seguidos pelos eletrônicos com 17%. As categorias de informática e casa e decoração representaram 10% e 6% do faturamento, respectivamente.
Outro destaque da Black Friday foi o crescimento das compras realizadas por celular. Conforme a Ebit, o pedido via mobile aumentou 81,8% na comparação com o ano passado. Além disso, a categoria, batizada de “m-commerce”, representou 26,5% em volume financeiro das compras realizadas, alta de 41,5% ante 2016. O valor médio das compras via dispositivos móveis foi de R$ 515.
Lojas são autuadas por suspeita de não redução de preços
Na própria sexta (24), fiscais do Procon percorreram lojas do Centro da cidade para identificar as condições oferecidas aos consumidores. Conforme balanço divulgado nesta segunda (27), seis estabelecimentos foram autuados. Um auto de infração foi lavrado por problemas na precificação (falta de preço nos produtos). Os outros cinco autos, com a característica de constatação, foram emitidos por suspeita de não redução efetiva nos preços. Há cerca de 20 dias, fiscais levantaram os preços dos produtos mais demandados em lojas físicas e virtuais. A suspeita de não redução será avaliada pelo Departamento de Apuração de Práticas Infrativas (DAPI), que vai analisar cada caso e definir a penalidade a ser aplicada. Os nomes dos estabelecimentos não foram divulgados pelo Procon.
Alerta
Após realizar plantão de atendimento especial para os consumidores durante a Black Friday, a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, alerta os consumidores que o fato de ser uma liquidação não elimina os direitos do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor estabelece prazo de 30 dias para reclamações sobre problemas aparentes ou de fácil constatação no caso de produtos não duráveis e de 90 dias para itens duráveis, contados a partir de sua verificação. Conforme o órgão de defesa do consumidor, a reclamação pode ser feita para o próprio comerciante ou para o fabricante, à escolha do consumidor.
Como muitos clientes fizeram compras pela internet, a orientação é que, no ato da entrega, o cliente só assine o documento de recebimento após examinar o estado da mercadoria. Havendo irregularidades, elas devem ser relacionadas, justificando assim o não recebimento. Nas compras feitas fora do estabelecimento comercial (por telefone, em domicílio, telemarketing, catálogos ou internet), há o prazo de sete dias para desistir da compra, sem apontar qualquer motivo, contado a partir da aquisição do produto ou de seu recebimento.