Demanda represada por carteira passa de 300
Três meses após a atualização do sistema mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os juiz-foranos continuam enfrentando problemas na obtenção da carteira de trabalho digital no Centro de Atenção ao Cidadão (CAC), em funcionamento na Câmara Municipal. No local, a demanda média de 40 emissões por dia caiu para cerca de quatro nas últimas semanas, em função da instabilidade frequente. A demanda represada, só no órgão, passa de 300 documentos.
Segundo o coordenador do CAC, Luis Eugênio Ribeiro Bastos, no início da implantação, em junho, houve problemas, solucionados algumas semanas depois. Em setembro, afirma, a dificuldade reapareceu. Há pelo menos duas semanas, o sistema apresenta falhas, e todos os contatos com o Ministério do Trabalho e com o suporte em Brasília, segundo ele, têm sido em vão. Bastos diz que, antes, era possível preencher os dados e enviar o formulário eletronicamente. Após a atualização, todo o processo é realizado on-line.
“Quase todos os dias, em determinado horário, começamos a acessar e o sistema trava. Ficamos de mãos atadas.” Conforme o coordenador, os equipamentos disponíveis no núcleo comportam a tecnologia. Além da dificuldade de emitir as carteiras, também há o entrave para entregar os documentos prontos, já que a assinatura é digital.
O MTE, por meio de sua assessoria, afirmou que, na semana passada, o sistema esteve intermitente devido a falhas apresentadas em seus dispositivos de acesso à internet e infraestrutura de rede lógica. “Esse episódio causou problemas na rede em todo o país, com impacto em diversos serviços disponibilizados pelo órgão, como é o caso da emissão de carteira de trabalho.” A informação é que o sistema já estaria operando dentro da normalidade em todo o país.
Procurada, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio de sua assessoria, afirmou que a emissão das carteiras foi retomada na Unidade de Atendimento Integrado (Uai) em Juiz de Fora no dia 22 de julho e acontece sem problemas.