“City Tour” apresenta Juiz de Fora e busca reaquecer turismo na cidade
Passeio que valoriza áreas verdes e patrimônio histórico faz parte do edital de fomento ao turismo da PJF e teve edição piloto nesta terça
O Grupo Convention & Visitors começou o projeto de “City Tour” colaborativo por Juiz de Fora, apresentando a cidade para os visitantes e relembrando a história do município. A iniciativa foi contemplada pelo edital de fomento ao turismo da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), e busca reaquecer o setor em um cenário de melhora da pandemia. O projeto vai começar a funcionar para o público geral a partir de julho, sendo operado todos os sábados na parte da manhã e, por enquanto, com uma previsão de custar R$ 90 por pessoa. Os pontos de encontro são na área central da cidade e com paradas próximas aos hotéis parceiros do Juiz de Fora e Região Convention & Visitors Bureau.
A Tribuna participou da edição piloto, que ocorreu na terça-feira (21), e foi direcionada para hoteleiros, produtores de eventos, gestores públicos e a imprensa. A sessão mostrou como vai funcionar o projeto e apresentou os objetivos dele para o setor. O guia da atividade, Marcelo Cruz, da Extreme Viagens, começa o tour falando sobre a falsa impressão de que Juiz de Fora não tem opções de passeios interessantes. “Quando o próprio juiz-forano fala da cidade, diz que não tem nada para conhecer ou ver. Mas tem muita coisa. Nosso patrimônio histórico é incrível, temos parques e muitas outras opções de turismo”, explica. A ideia do roteiro, então, é mostrar de forma rápida alguns desses pontos e fazer com que os visitantes se interessem mais pelo município.
Para Thaís Lima, vice-presidente do JF Convention, essa é uma ótima forma de “trazer o turista mais vezes para Juiz de Fora”. Ela acredita que, conhecendo mais sobre a cidade de forma dinâmica, os indivíduos que muitas vezes vêm ao município por outros motivos podem se interessar mais pela cidade e voltar outras vezes. “Queremos fazer um marketing boca a boca, um contando pro outro como foi conhecer a cidade. De repente a pessoa vem para um evento e acaba retornando depois com a família”, diz.
A ideia do projeto é que os empreendedores do turismo e do setor hoteleiro possam expor aos visitantes que há uma alternativa profissional para conhecer mais a cidade, mostrando o tamanho de Juiz de Fora e indicando opções do que fazer durante sua estadia. O projeto vai funcionar a partir de um rodízio entre as agências associadas ao grupo Convention, e vai disponibilizar a opção dos hotéis parceiros fazerem a divulgação do tour na recepção. Além dos passeios nas datas previstas, também vão ocorrer edições especiais quando acontecerem eventos de grande porte na cidade. É exatamente isso que vai ser feito durante o Minas Láctea, que acontecerá de 12 a 14 de julho, com edições especiais do tour voltadas para os quase 10 mil visitantes previstos em JF.
Roteiro valoriza áreas verdes e patrimônio histórico
O roteiro do “City Tour” busca justamente mostrar para os turistas os pontos mais interessantes da cidade, aproveitando do seu patrimônio histórico e das áreas verdes. Marcelo Cruz explica que, em sua experiência, a maior parte do público de turismo na cidade é carioca, e por isso é recomendável trazer opções de lazer relaxantes e que valorizem a história local.
O roteiro começa com a ida ao Parque da Lajinha, em que o guia explica que é um local tradicional de visita aos finais de semana dos próprios juiz-foranos e que também conta com uma área com os bondinhos que eram utilizados antigamente na cidade. Para ele, esse passeio é agradável justamente por permitir que os turistas “saiam da selva de pedra e tenham uma área verde, com pouca poluição sonora e ar puro”. É realizada uma volta guiada ao redor do parque, que surgiu em 1982 e é uma área de preservação ambiental de JF. “Os turistas conseguem até encontrar com as famosas capivaras juiz-foranas”, brinca Marcelo.
Além disso, o guia também reforça que essa é uma opção que conta até mesmo com trilhas, sendo conhecida por sua capacidade de turismo ecológico. Ele também mostra para os visitantes o bondinho que era utilizado na cidade, exibido no parque. Lá, é destacado o potencial do parque de trazer diversas opções para famílias inteiras aproveitarem, já que também é possível visitar o coreto e fazer um passeio completo nos pedalinhos.
Depois desse momento, é realizado um tour panorâmico pelo Bairro Aeroporto, passando pelo Estádio Municipal Radialista Mário Helênio e na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ao longo do trajeto, ele explica para os visitantes a importância desses pontos e como eles impactaram no crescimento da cidade, contando também sobre a história local e o apelido de Manchester Mineira. Na UFJF, por exemplo, ele mostra os pontos de visita, como o planetário, e ainda aponta como a universidade foi capaz de incentivar o desenvolvimento econômico nos bairros próximos.
A segunda parada para contemplação ocorre no Mirante do Morro do Cristo, que foi feito pelo mesmo arquiteto do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Lá, é possível ter uma visão panorâmica da cidade e fazer uma parada para que os turistas possam tomar café.
Gastronomia para todos os gostos
O último ponto do passeio é o Mercado Municipal, tendo um tempo reservado para que os turistas possam fazer compras. Em muitas cidades do Brasil há mercados como esse, e por isso Marcelo diz que os visitantes já vêm para Juiz de Fora curiosos para conferir as opções disponíveis, sobretudo na área dos laticínios e dos doces típicos mineiros. Ao longo do trajeto, ele também faz indicações de pontos em que há mais bares e restaurantes no município, fazendo com que o turista também se interesse em consumir de estabelecimentos locais.
Logo no início do passeio, o guia diz que “Juiz de Fora é uma cidade grande com ar de interior”, e por isso há uma diversidade de opções, com reflexo claro no setor gastronômico. “Temos opções que englobam desde coisas da roça até a culinária mais requintada”, diz. O passeio, então, se propõe a atender diversos públicos e a mostrar uma diversidade de opções para o turismo na cidade.
