Ovos de páscoa 15% mais caros


Por Tribuna de Minas

21/02/2015 às 07h00

O fim do Carnaval marca o início das ações para as vendas de Páscoa. Em Juiz de Fora, o movimento nas gôndolas ainda é tímido e deve ganhar força a partir da próxima semana. Apesar do cenário econômico adverso – a própria indústria teria reduzido em 23% a produção de ovos de chocolate este ano – há redes que acreditam em alta no faturamento, que chegaria a 25% entre as marcas consultadas pela Tribuna com lojas na cidade. A avaliação é que os produtos estão, em média, 15% mais caros ante o ano que passou.

O cálculo do aumento médio repassado pela indústria foi divulgado pelo gerente de Marketing do Bahamas, Nelson Júnior. Ele comenta que começou a receber, na quarta-feira, os primeiros volumes destinados à data. A expectativa é que, a partir de segunda, os produtos comecem a chegar nas prateleiras. Em função da redução da produção, o Bahamas deve manter o estoque nos mesmos níveis do ano passado, estimado em 171 mil ovos de chocolate. Duas novidades foram apresentadas pelo gerente. Segundo ele, as marcas Nestlé e Garoto decidiram abolir os números dos ovos, focando a venda na gramatura para facilitar o entendimento do consumidor. Além disso, em boa parte dos produtos, os brindes passam a ser expostos do lado de fora da embalagem, visando a despertar o interesse das crianças.

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A Cacau Show calcula a produção de 7,7 mil toneladas de chocolates, entre ovos trufados, linha gourmet, bombons, trufas, presentes e tabletes, especialmente para a data. Com mais de 50 produtos e 18 lançamentos em seu portfólio, a rede inicia a venda em Juiz de Fora na segunda-feira, acompanhando o movimento das demais lojas no país. “Para a Páscoa de 2015, procuramos desenvolver deliciosas sugestões, adequadas ao perfil de todos os amantes de chocolate. São opções exclusivas, criadas para superar as expectativas do público e oferecer novas e incríveis experiências gastronômicas durante a Páscoa, data doce por natureza”, explica a diretora de Marketing Raquel Massagardi.

Já o Grupo CRM, que engloba as marcas Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau, iniciou a exposição dos produtos na quinta-feira. A meta é aumentar em 14% as vendas ante o ano passado, alcançando a cifra de R$ 303 milhões considerando todo o portfólio de produtos. Deste total, R$ 155 milhões referem-se às vendas de ovos e figuras de Páscoa. De olho na data, o grupo ampliou a produção dos itens, totalizando mais de quatro milhões de ovos de chocolate. A produção foi iniciada em outubro de 2014. Conforme o CRM, o período representa cerca de 30% do faturamento anual do grupo, que espera fechar 2015 com vendas na ordem de R$ 1,2 bilhões.

Temporários
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) informou que fábricas e lojas do ramo geraram aproximadamente 26,5 mil empregos temporários para a Páscoa. O número é superior ao do ano passado, quando cerca de 24 mil postos foram criados. “É um aumento significativo muito devido ao crescimento no número de pontos de venda”, disse o vice-presidente da entidade, Ubiracy Fonseca, em coletiva.

Segundo a Abicab, o setor produziu 20,2 mil toneladas de chocolate, o equivalente a mais de cem milhões de ovos de Páscoa no ano passado. No acumulado do ano até setembro, a produção registrou queda de 2% ante igual período de 2013, de 392 mil toneladas para 384 mil de toneladas. “O cenário de baixo crescimento econômico e a alta da inflação e dos juros levam a uma demanda menor”, disse Fonseca. Apesar da retração, as principais indústrias do setor, juntas, prometem lançar 150 novos produtos específicos para o período. De acordo com a associação, o Brasil segue como o terceiro maior consumidor e produtor de chocolates no mundo.

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