Professores da rede particular aderem a paralisação


Por Tribuna

20/05/2015 às 17h49- Atualizada 20/05/2015 às 19h45

Atualizada às 19h45

Professores da rede particular de ensino paralisaram as atividades ontem em protesto contra a proposta de reajuste dos salários apresentada pelos estabelecimentos, por melhorias nas condições de trabalho e valorização da formação profissional. Em assembleia no Ritz Hotel, a categoria manteve o indicativo de greve. O Sindicato dos Professores (Sinpro) assegura que o percentual de adesão ficou entre 60% a 70% do total de docentes, que hoje chega a cerca de 1.500 profissionais. De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe Sudeste), o índice foi próximo de 25%, com maior intensidade na parte da manhã. A participação foi total na Academia de Comércio e Stella Matutina e parcial no Instituto Metodista Granbery e colégios Apogeu, São Mateus, Santa Catarina, dos Santos Anjos, Meta e Escola Cenecista Monteiro Lobato. As faculdades funcionaram normalmente.

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Durante a assembleia, os professores alegaram ter sofrido pressão por parte da direção de algumas instituições para que não aderissem ao movimento. Segundo o coordenador do Sinpro, Flávio Bitarello, em alguns casos, houve ameaça de demissão, corte de ponto, intimidação e adoção de medidas para atrair alunos, como aplicação de provas e listas de exercícios. Alunos de grêmios estudantis dos colégios Granbery e São Mateus participaram do encontro e manifestaram apoio à paralisação.

O Sinpro alertou aos professores para colégios que tentam descumprir a convenção estabelecida em negociação com o Sinepe. O diretor Luiz Antonio da Silva afirma que há instituições oferecendo reajuste com percentuais maiores, sem contemplar outras pautas do movimento. O sindicalista garantiu que as escolas, mesmo não associadas ao Sinepe, terão que cumprir o acordo com o sindicato sob pena de acionamento na Justiça em caso de descumprimento. De acordo com a presidente do Sinepe Sudeste, Anna Gilda Dianin, não há informações sobre escolas que não são associadas. “Os professores têm o direito de fazer a mobilização que quiserem e os empregadores tem o direito de tentar funcionar, dentro da lei e transparência”, disse.

A pauta negociada junto ao Sinepe Sudeste solicita reajuste com base no IPCA, com ganho real de 5%; aumento do tempo de estabilidade do professor antes da aposentadoria de 12 para 24 meses; adicionais de formação com aplicação escalonada até 2018; pagamento e reformulação do conceito de horas extracurriculares, extensão do prazo de correção de provas para 15 dias e registro da jornada na carteira para professores do ensino à distância.

Na reunião realizada na terça-feira, o Sinepe Sudeste propôs aumento do prazo de estabilidade de 12 para 15 meses; aumento de 7,13% retroativo a fevereiro; adicional de formação de 2% para mestrado e 4% para doutorado; aumento do período para correção de provas para cinco dias; discussão sobre o texto que determina as atividades consideradas extracurriculares e sobre o pagamento do piso a professores da educação à distância.

Novas reuniões entre as partes estão agendadas para os dias 26 de maio e 2 de junho, respeitando a data base definida para o dia 3. Uma assembleia com a categoria será realizada no dia 30, às 11h, no Ritz Hotel.

 

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