Serrinha deixa de participar do Projeto Voe Minas Gerais

Codemig afirmou que o município não apresentou procura e ocupação suficientes para manter o projeto


Por Fabíola Costa

16/10/2017 às 20h21- Atualizada 16/10/2017 às 21h01

A partir desta segunda-feira (dia 16), Juiz de Fora deixa de oferecer voos partindo e com destino ao Aeroporto Francisco Álvares de Assis, o Serrinha, dentro do Voe Minas Gerais, Projeto de Integração Regional – Modal Aéreo. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), por meio de sua assessoria, afirmou que o município não apresentou “procura e média de ocupação suficientes para a manutenção do projeto”. Também foram retirados da rota os municípios de São João del-Rei e Salinas. “Os voos foram remanejados para atender as cidades que apresentam maior demanda”, justificou o órgão. O posicionamento é que a Codemig poderá reavaliar o retorno dos voos do Voe Minas Gerais para Juiz de Fora em momento oportuno, “desde que a demanda garanta a viabilidade do projeto”.

PUBLICIDADE

Em junho, já havia sido eliminada a linha entre Juiz de Fora e Belo Horizonte (Pampulha) às terças e quintas. Na época, foram mantidos voos apenas às segundas, quartas e sextas. Os voos no sentido inverso, entre a capital e Juiz de Fora, também sofreram restrições. O preço para cada trecho era de R$ 450. Na ocasião, a cidade também perdeu a opção de deslocamento aéreo para Ubá e Diamantina. Por outro lado, o município ganhou conexão direta para São João del-Rei. Agora, não há mais nenhuma operação comercial partindo do Serrinha.

Procurada, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, através de sua assessoria, lamentou a saída de Juiz de Fora do projeto. Por meio de nota, afirmou que “reitera que sempre esteve à disposição para contribuir com o seu aperfeiçoamento na cidade”.

A espera, agora, é pela publicação, pela Prefeitura, do edital de licitação para a contratação de empresa responsável por administrar o Serrinha. A Passaredo Linhas Aéreas já manifestou interesse em voltar a operar no aeroporto juiz-forano. Os pedidos de voo da companhia, com destino a Guarulhos e Belo Horizonte (Pampulha), estão em análise pela (Anac). Procurada nesta segunda, a agência reguladora afirmou que o processo segue em análise. Se forem aprovadas, as operações entram em vigor no dia 11 de novembro. A expectativa é que a empresa responsável pela administração do terminal seja definida antes disso. A secretaria não se posicionou sobre esse assunto.

Embora Juiz de Fora tenha perdido a vez, nesta quinta fase do projeto, duas novas cidades passaram a receber voos para o Aeroporto da Pampulha: Januária e Pirapora, ambas localizadas no Território Norte. Outra novidade é que Teófilo Otoni, destino mais procurado no projeto, ganhará mais voos diretos para Belo Horizonte, atendendo a solicitações dos passageiros. Também foi criada uma nova rota: Paracatu – Patos de Minas – Belo Horizonte. A ligação entre Varginha e Pouso Alegre também foi lançada nessa fase. Conforme a Codemig, os 17 municípios atendidos hoje são: Almenara, Araçuaí, Araxá, Belo Horizonte, Diamantina, Januária, Manhuaçu, Paracatu, Passos, Patos de Minas, Pirapora, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa.

O projeto

Lançada em agosto de 2016, a iniciativa visa a fomentar o transporte aéreo regional, adotando como fundamento a flexibilidade das rotas, que são desenvolvidas e adaptadas para atender às demandas locais. “Um dos objetivos principais do Voe Minas Gerais é estimular novos negócios e o turismo, aproveitando a infraestrutura aeroportuária pública disponível no estado.”

Os voos são realizados em aeronaves Cessna Grand Caravan 208 B, que transportam até nove passageiros. O valor das passagens varia de R$ 130 a R$ 750, de acordo com a distância percorrida. A malha completa e as passagens podem ser consultadas no site www.voeminasgerais.com.br. O projeto é realizado em parceria com a Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop).

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.