PF combate fraudes em postos de combustíveis


Por Sandra Zanella

11/03/2015 às 12h26- Atualizada 11/03/2015 às 18h12

Atualizada às 18h11

Apesar de Juiz de Fora ter sido incluída na operação “Mandrake”, deflagrada na terça-feira (10) pela Polícia Federal para desarticular grupo suspeito de cometer diversos crimes na venda de gasolina em desacordo com os padrões oficiais, não houve postos lacrados na cidade. Segundo o delegado da PF de Varginha, responsável pela ação, Carlos Henrique Girotto, apenas uma pessoa – inclusa nas sete conduções coercitivas – foi ouvida e liberada. O delegado explicou que o indivíduo atuava como laranja e teria ligação com um dos postos investigados, localizado em Varginha.

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Além das conduções coercitivas, os policiais cumpriram dez mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em oito cidades mineiras: Varginha, Três Corações, Campanha, Elói Mendes, Três Pontas, Pouso Alegre, Poços de Caldas e Guaranésia. Girotto adiantou que a investigação segue agora para a análise dos documentos recolhidos, a serem confrontados com os depoimentos colhidos.

De acordo com a PF de Varginha, o grupo investigado usava inúmeros meios fraudulentos para praticar os delitos. A manobra mobilizou cerca de 200 policiais federais, 21 policiais rodoviários federais, além de auditores da Receita Federal. Pelo menos três fraudes foram averiguadas. A mais conhecida é a feita na composição da gasolina comum, cujo teor de álcool anidro apresenta quantidade superior à permitida. Também foi apurado desvio no volume de combustível, que entrava no tanque do veículo do consumidor em quantidade menor à indicada no marcador da bomba. Por fim, a polícia verificou “manipulação de sistema de encerrantes de bombas, para inserir, no estoque escritural do posto, combustível desviado ou receptado, bem como se eximir do pagamento dos tributos”.

Os presos vão responder por associação criminosa, crime contra a economia popular e ilícito contra a ordem econômica e estoques de combustíveis. A investida foi batizada de “Mandrake” em referência ao nome de um mágico ilusionista, personagem de desenho animado, que enganava as pessoas utilizando técnicas de hipnose.

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