IPCA: redução do ICMS contribui para menor resultado da série histórica

Índice registrou deflação com queda de 0,68% em julho; taxa mensal é a menor registrada da série histórica iniciada em 1980


Por Tribuna

09/08/2022 às 12h39- Atualizada 09/08/2022 às 12h46

Divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de julho registrou deflação, com queda de 0,68%, logo após um registro de alta de 0,67% em junho. É a primeira vez em 25 meses em que a taxa apresentou uma regressão, sendo o valor de julho de 2022 o menor registrado na série histórica mensal registrada desde 1980.

Mesmo diante dos 11 meses com a inflação em dois dígitos percentuais, com 10,35% acumulados desde setembro de 2021, a deflação do IPCA neste mês foi acompanhada pela queda de 15,48% no preço médio da gasolina e do recuo de 11,38% do valor médio do etanol – algo que representou o maior impacto individual no índice.

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A queda no preço dos combustíveis se deve à redução do ICMS sobre esses produtos no país após a aprovação do projeto de lei que estabeleceu um teto de até 18% sobre o imposto.

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Outro fator contribuinte para a atual deflação, de acordo com o IBGE, foi a aprovação das Revisões Tarifárias Extraordinárias por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em dez distribuidoras no país, o que levou a redução nas tarifas de energia elétrica no mês de julho.

A inflação oficial do país é calculada por meio da cesta de consumo das família de um a 40 salários mínimos em dez regiões metropolitanas e algumas capitais.

 

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