Com novo reajuste, gasolina pode custar até R$ 6,73 em JF

Aumento de preços dos combustíveis realizado pela Petrobras esta semana deve impactar o consumidor final


Por Gracielle Nocelli

09/07/2021 às 07h23- Atualizada 09/07/2021 às 07h37

Após a Petrobras realizar mais um reajuste nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias, na última terça-feira (6), os impactos devem chegar aos consumidores nos próximos dias. Consulta realizada pela Tribuna em 16 postos de Juiz de Fora, entre terça e quarta-feira (7), constatou que os valores, até então, estavam mantidos. No entanto, uma nova alta de preços pode ocorrer mediante a reposição do estoque.

Nas refinarias, a gasolina encareceu 6,3%, enquanto o diesel subiu 3,7%. Se os reajustes forem repassados integralmente ao consumidor final, como tem ocorrido ao longo deste ano, os juiz-foranos poderão pagar até R$ 6,73 pelo litro da gasolina e R$ 5,02 pelo diesel.

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Até o momento, o valor da gasolina na cidade varia entre R$ 5,99 e R$ 6,34, conforme cruzamento de dados da pesquisa mais recente realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), entre 20 e 26 de junho, e o levantamento feito pela reportagem nos últimos dois dias. Já o preço do diesel oscila entre R$ 4,47 e R$ 4,85.

Escalada de preços em 2021
Esta é a oitava vez que a Petrobras reajusta o preço da gasolina só em 2021. De janeiro a julho, os juiz-foranos acompanharam uma escalada de preços. No início do ano, por exemplo, o combustível era vendido entre R$ 3,74 e R$ 4,89. Considerando a faixa atual de preços, o aumento é de até 69%. No caso do diesel, em janeiro, o litro custava entre R$ 3,65 e R$ 4,14. Desta forma, a alta de preços só este ano já é de quase 33%.

Na comparação com o início do ano, aumento chega a quase 70% no caso da gasolina e 33% no caso do diesel (Foto: Jéssica Pereira)

Impacto no orçamento familiar

A especialista em finanças, controladoria e auditoria Mayanna Marinho, que também é professora da Estácio Juiz de Fora, explica que os valores praticados no mercado internacional interferem diretamente na política de preços da Petrobras. Além dos impactos diretos ao bolso do consumidor, a escalada de preços dos combustíveis é capaz de promover um reflexo em cadeia na economia, promovendo alta de custos em diferentes serviços e produtos, como explica a especialista. “Poderemos enxergar uma perda de poder de compra até mesmo associada à redução de renda das famílias.”

No último domingo, reportagem da Tribuna mostrou a dificuldade das famílias juiz-foranas ao enfrentarem as altas de preço dos combustíveis, da energia elétrica, do gás de cozinha e dos alimentos ocorridas ao longo do primeiro semestre.

Em nota, a Petrobras informou que “busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”. De acordo com a estatal, “os preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional.”

Caminhoneiros
Apesar do descontentamento com os reajustes do diesel, não há informação oficial sobre greve dos transportadores de carga. Procurada pela Tribuna, a assessoria do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) afirmou que não está prevista mobilização ou reunião para discutir o assunto até o momento.

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