Apesar da procura, venda de flores deve ficar estável
Apesar do preço salgado de alguns arranjos – um buquê com uma dúzia de rosas chega a custar R$ 80 em Juiz de Fora – o setor de floricultura foi um dos que se beneficiou da corrida às lojas neste sábado (9), véspera do Dia das Mães. Embora a estimativa do Sindicato Nacional do Comércio Varejista de Flores seja de vendas até 6% maiores este ano, em estabelecimentos da cidade o objetivo é, pelo menos, igualar o faturamento ao do ano passado.
Em pesquisa realizada pelo Sindicato do Comércio (Sindicomércio), as flores estão em quarto lugar na intenção de compras dos juiz-foranos, ficando atrás de roupas, cosméticos e bombons. Nas lojas, é possível encontrar desde uma rosa por R$ 5 até arranjos com flores, vinho e chocolate vendidos por mais de R$ 300.
A aposentada Maria Helena Ferreira levou dois arranjos para casa: um para presentear a sobrinha, que realizou o sonho de ser mãe ao adotar uma criança, e outro para homenagear a irmã, que tornou-se vovó. “As flores representam sentimento e exalam, em seu perfume, amor”, derrete-se. A aposentada presenteou na faixa pretendida pela maioria (24%): entre R$ 50 e R$ 100.
O proprietário da Floricultura Dois Amores, Renê Mendonça, espera que as vendas se igualem às de 2014. Para atender a demanda de última hora, a loja funcionou em horário estendido ontem e abre as portas neste domingo até as 16h. Na Recanto das Flores, a expectativa também é manter o movimento do ano anterior, comenta a proprietária Jovenila de Moraes. Mais otimista, a ambulante Geralda Maria Nogueira espera vendas até 10% maiores. Na sua opinião, os preços acessíveis – arranjos por até R$ 20 – devem chamar clientela.
Quem passou pelo Centro ontem encontrou ruas cheias e lojas disputadas nos mais diversos segmentos. De olho na tradição de o filhos postergarem as compras para a última hora, o presidente do Sindicomércio, Emerson Beloti, acredita que as vendas – tímidas durante a semana – possam ganhar fôlego e crescer entre 4% e 6% neste Dia das Mães, apesar do ano economicamente difícil para consumidores e comércio varejista.