Indústria tem queda de 3% no primeiro bimestre

Resultado é da Pesquisa Indicadores Industriais (Index), elaborada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)


Por Gracielle Nocelli

06/04/2019 às 16h40- Atualizada 08/04/2019 às 11h18

A indústria mineira registrou queda do faturamento pelo segundo mês consecutivo, conforme revelou a Pesquisa Indicadores Industriais (Index) de fevereiro, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e publicada na quinta-feira (4). A retração foi de 0,4% ante a janeiro, quando o setor já havia sofrido recuo de 4,7%. Desta forma, o desempenho acumulado no primeiro bimestre de 2019 ficou negativo em 3%.

Outros três indicadores da indústria também registraram queda em fevereiro: as horas trabalhadas reduziram 1,9%; a massa salarial encolheu 1%; e o rendimento médio real diminuiu 1%. Apenas o emprego teve variação positiva de 0,1%. Os resultados ainda refletem as consequências do rompimento da barragem da mineradora Vale na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, ocorrido em janeiro. “A continuidade da interrupção parcial da atividade extrativa mineral em Minas Gerais segue influenciando negativamente o desempenho da indústria”, aponta o estudo.

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O resultado obtido neste início de 2019 ainda se mostra aquém do esperado pelo setor, que aguarda com ansiedade o momento da retomada do crescimento. “O faturamento real caiu pelo segundo mês consecutivo, as horas trabalhadas na produção registraram o maior decréscimo para o mês de fevereiro desde 2015, a massa salarial e o rendimento médio real também recuaram. O emprego foi o único índice que não mostrou queda. Entretanto, segue registrando variações mensais pequenas ao longo dos últimos dois anos, evidenciando a dificuldade para uma retomada mais robusta das contratações na indústria.”

Na avaliação da Fiemg, a interrupção parcial da atividade extrativa representa um grande desafio para a economia do estado. “A queda na oferta de commodities minerais pode comprometer a produção de importantes setores industriais, com impactos no faturamento, no emprego, na renda e nas exportações das empresas”, afirma. “Nesse sentido, o ritmo de crescimento industrial de Minas Gerais está diretamente ligado à duração e à abrangência da paralisação vigente.”

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