Entenda quais alimentos embalados têm excesso de açúcar, sódio e gordura

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou alterações nos rótulos dos produtos embalados para que essas coisas fiquem mais claras para o consumidor


Por Tribuna

25/10/2020 às 07h00

Os três ingredientes que passarão a ter um destaque maior nos rótulos dos produtos embalados – sódio, açúcar adicionado e gordura saturada – estão presentes em muitos dos alimentos industrializados e costumam fazer parte da dieta de boa parte dos brasileiros. A fim de entender melhor a participação deles em alguns produtos, o Estadão pediu ajuda para Maria Fernanda Vischi D’Ottavio, nutricionista do HCor, para entender melhor as informações que estarão nas embalagens.

Segundo a especialista, esses nutrientes estão relacionados com diversas alterações metabólicas quando consumidos em excesso e com frequência. “Sódio, açúcar adicionado e gordura saturada são nutrientes relacionados a hipertensão, aumento do colesterol circulante no sangue, diabetes, doença renal, além de contribuir para obesidade fator de risco para essas e outras doenças”, explica Maria Fernanda.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou alterações nos rótulos dos produtos embalados para que essas coisas fiquem mais claras para o consumidor. Então o alimento que tiver alto teor na composição de um desses três itens (ou mais de um deles) terá uma lupa destacada com essa informação.

Já a tabela nutricional sofreu também alterações para mostrar as informações com mais clareza. As letras serão sempre pretas em fundo branco, é obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais, o produto precisa declarar o valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml e deverá apresentar o número de porções por embalagem.

“Além de ler a tabela nutricional para saber a composição do produto, ler a lista de ingredientes é bastante importante. Eles são descritos em ordem decrescente, permitindo que a pessoa saiba o que contém mais naquele produto. Por isso, recomendo para as pessoas consumirem alimentos com mais ingredientes naturais e familiares, que geralmente são os menos ‘embalados’ ou ‘processados'”, afirma.

Ela avisa que existe um padrão de consumo diário de duas mil calorias por pessoa, e é isso que deve constar nas embalagens. Mas Maria Fernanda reforça que esse é um valor padrão e pode variar de acordo com a pessoa, pois se tem algum problema pode precisar consumir menos um ingrediente, ou se pratica muita atividade física pode consumir um pouco acima também.

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