Will Smith e Martin Lawrence voltam a se reunir em “Bad Boys para sempre”


Por Júlio Black

29/01/2020 às 06h49

Quando anunciaram um terceiro filme da franquia “Bad Boys”, não faltaram perguntas do tipo “alguém pediu?”, “alguém sentiu falta?”, “será que é disso que eu necessito?”. Afinal, Hollywood tem vários exemplos recentes de continuações, reboots e remakes de franquias que fracassaram ou continuaram fracassando, como “O exterminador do futuro”, “As Panteras” e “Independence Day”. No caso de “Bad Boys”, jogava contra o fato da continuação do longa de 1995 ter estreado há praticamente 17, ainda que os dois longas dirigidos por Michael Bay tenham ido bem na bilheteria, acumulando um total superior a US$ 400 milhões. Para completar, seus protagonistas estavam em baixa: Will Smith tem no currículo recente decepções como “Depois da Terra” e “Projeto Gemini”; Martin Lawrence, então, depois da desagradável série de filmes “Vovó… Zona”, estava se virando na televisão.

Mas eis que “Bad Boys para sempre”, que estreia nesta quinta-feira (29) no Brasil, surpreendeu todo mundo. Com direção dos belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah, a produção faturou US$ 62 milhões em sua estreia nos Estados Unidos, no último dia 17, e se tornou a segunda maior abertura no país em janeiro – e superou por muito o concorrente “Dolittle”, estrelado por Robert Downey Jr. Segundo o site especializado Box Office Mojo, o filme já acumula US$ 215 milhões de bilheteria mundial, e não deve demorar para superar o segundo longa da série. Entre os motivos para o sucesso estão as críticas positivas, a estratégia de estreia no Dia de Martin Luther King, um das mais importantes datas comemorativas dos Estados Unidos, e o boca a boca do público. Nada mal para um projeto em que todos apostavam não num fracasso retumbante – a produção custou a “ninharia” de US$ 90 milhões -, mas que apenas pagasse seus custos. Com o sucesso, um quarto filme já começou a ser planejado.

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Will Smith e Martin Lawrence voltam ao batente como os policiais (agora veteranos) da franquia “Bad Boys” (Foto: Divulgação)

Mais velhos e na mira dos bandidos

A história de “Bad Boys para sempre” segue o esquema dos tradicionais filmes de “buddy cops” (parceiros policiais), do qual bebeu principalmente de “Máquina Mortífera”. Mike Lowery (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) ainda trabalham para a Polícia de Miami, mas com pensamentos diferentes. O primeiro quer continuar no ofício “até morrer”, enquanto o segundo quer mais tempo com a família e adotou a política da não-violência com a bandidagem. Além do conflito entre a própria dupla, ainda é preciso lidar com os novos policiais (papéis de Charles Melton, Alexander Ludwig e Vanessa Hudges), que têm uma visão diferente do ofício.

Mas o conflito de gerações e a discussão sobre a aposentadoria são apenas parte da história. A ameaça do filme se materializa na presença de Isabel Aretas (Kate Del Castillo), que planeja se vingar de Mike após parar na cadeia e ver o marido traficante morrer por causa do policial. Ela terá a ajuda do filho, Armando (Jacob Scipio), para matar todos os envolvidos no caso, e Mike terá mais um motivo para convencer Marcus a continuar no batente.

Aquecimento para o Oscar

A rede de cinemas UCI já iniciou as vendas para a maratona com algumas das produções que concorrem ao prêmio de melhor filme do Oscar, cuja premiação acontece em 9 de fevereiro. Em Juiz de Fora, o UCI Kinoplex Independência exibe nos dias 6 e 7 de fevereiro os longas “Era uma vez em… Hollywood”, “1917”, “Parasita”, “Coringa”, “Jojo Rabbit” e “Ford vs. Ferrari”.

Para quem ainda não assistiu a algum ou a todos os filmes, “Coringa” se destaca pelas 11 indicações; a adaptação do personagem dos quadrinhos tem Joaquin Phoenix como grande favorito ao Oscar de melhor ator; “1917”, com dez indicações, despontou como o favorito aos prêmios de melhor filme, diretor (Sam Mendes) e fotografia (Roger Deakins); “Era uma vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, concorre também em dez categorias e deve levar o prêmio de ator coadjuvante (Brad Pitt), além de bem cotado para a estatueta de roteiro original.

Considerado por muitos os melhor filme de 2019, o sul-coreano “Parasita” é favoritíssimo ao Oscar de filme internacional; “Ford vs. Ferrari” é cotado para vários prêmios técnicos, e “Jojo Rabbit”, que concorre em seis categorias, é uma fábula passada durante a Segunda Guerra Mundial e tem como protagonista um garotinho alemão (Roman Griffin Davis) que tem como amigo imaginário ninguém menos que o abominável Adolf Hitler – interpretado pelo diretor do longa, o neozelandês Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”).

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