Guilherme Veroneze participa de coletânea internacional
Parceria com músico norte-americano, “Passages” já está disponível nas plataformas de streaming musical
O pianista Guilherme Veroneze está com mais um trabalho disponível nas plataformas de streaming musical. A música “Passages” integra a coletânea “X”, lançada pelo selo canadense Little Symphony Records, projeto que apresenta 14 composições inéditas de artistas de países como Inglaterra, França, Estados Unidos, Canadá e Taiwan. Dos 28 compositores convidados, Veroneze é o único brasileiro da lista, e trabalhou com o norte-americano Stephen Weber.
Guilherme conta que recebeu o convite no último mês de junho, em que o pessoal do selo detalhava como se daria o projeto. “Eles explicaram que seria uma parceria ‘às cegas’ e que iriam formar as duplas a partir das características de cada artista. Eu fiquei bastante animado com o convite, pois seria a minha primeira música feita em parceria, e também pela proposta do projeto, que era pra gente equilibrar o nosso estilo de composição pessoal, e, ao mesmo tempo, sair da zona de conforto e trabalhar com elementos eletrônicos.
Acredito que ter meu nome entre os escolhidos é um reconhecimento por todo o trabalho que venho desenvolvendo com o selo e na cena neoclassical internacional desde 2020. “
Sobre o seu parceiro em “Passages”, Veroneze não economiza nos elogios. “Foi ótimo trabalhar com o Stephen! Ele é professor de música na Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, e é um compositor muito experiente. Nós dois estávamos muito abertos ao processo colaborativo de composição, ou seja, ouvimos e discutimos as ideias um do outro e também estávamos muito receptivos à proposta do projeto, de sair da zona de conforto e incorporar novos elementos à nossa música” relata. “A ideia inicial da música, o que chamamos de motivo, enviei pra ele, que me devolveu com uma proposta de forma (a estrutura, as partes) da música e com sugestões de outros elementos”, explica. “Ficamos nessa troca até acharmos que tínhamos chegado à versão final da composição. Foi um trabalho muito fluido.”
Por uma dessas coincidências, o compositor brasileiro já conhecia o trabalho de seu parceiro norte-americano. “Ele é administrador de um grupo no Facebook do qual faço parte. Esse grupo, que não é ligado ao selo canadense, é formado por mais de 150 compositores de várias partes do mundo, e lá nós compartilhamos os nossos novos lançamentos, experiências e ferramentas de trabalho.”
Além do ineditismo de trabalhar em parceria – e com um parceiro escolhido por terceiros -, Guilherme Veroneze tinha o desafio de incorporar novos elementos musicais ao seu trabalho – no caso, as batidas eletrônicas e sintetizadores. Como já tinha ouvido algumas composições neoclássicas com estes elementos, já possuía algumas referências antes de colocar mãos à obra.
“Foi bem interessante ouvir o resultado dessa mistura do som piano, que faz referência direta a uma sonoridade clássica, com as batidas e o sintetizador”, afirma. “Acho que ‘Passages’ traz um misto de sentimentos, pois começa suave, quase nostálgica, e vai ganhando energia com a entrada das batidas e dramaticidade com os sintetizadores.” Para Guilherme, mesmo que “Passages” apresente uma sonoridade diferente em relação às suas músicas lançadas até então, ele acredita que o público que acompanha sua carreira vai perceber que seu estilo está presente na parceria. “Acho que o resultado da música abre portas para futuros lançamentos em um estilo parecido. Eu tenho algumas músicas ainda não finalizadas que eu sentia que faltava alguma coisa, agora vou experimentar estes elementos nestas ideias e ver o resultado. Além disso, estou bem animado para novas parcerias. Foi uma experiência muito interessante e de muito aprendizado que espero pode fazer novamente em breve.”