Juliana Stanzani e Roger Resende lançam “Canção da despedida”

Música em homenagem ao cantor e compositor Paulinho Cri-Cri antecipa o álbum gravado pela dupla, que será lançado em outubro


Por Júlio Black

27/09/2020 às 07h00

Juliana Stanzani e Roger Resende têm uma história juntos, que rendeu um álbum, “Nossa toada”, que será lançado em novembro, com recursos da Lei Municipal Murilo Mendes de Incentivo à Cultura. Antes, porém, para dar uma prévia do trabalho, a dupla lança nesta sexta-feira (25) nas plataformas digitais o single “Canção da despedida”, que teve participação do também cantor e compositor Emmerson Nogueira. Um segundo single, “Samba pra morrer”, será o aperitivo a ser lançado em outubro.

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Juliana explica que “Nossa toada” é resultado do relacionamento que ela e Roger tiveram por cerca de um ano, após se conhecerem em 2011, quando passaram a compor a quatro mãos mesmo depois do término – afinal, como ela afirma, a amizade permaneceu a ponto de cantar em um dos projetos dele. “Mantivemos o contato profissional, continuamos grandes amigos e decidimos gravar essas músicas.

Apesar de lançado apenas em 2020, o álbum foi gravado em 2015, no estúdio Versão Acústica, de Emmerson Nogueira, em São João Nepomuceno, e em outro estúdio no Rio de Janeiro, em poucas sessões e com formação enxuta, a maioria das canções no esquema voz e violão e sopro ou piano.

Quanto ao single, Juliana Stanzani explica que ela é uma homenagem ao violonista e compositor Pulinho Cri-Cri, já falecido, que ela conheceu por meio de Roger e que também tinha entre seus amigos e admiradores o próprio Emmerson Nogueira. “O Emmerson era muito amigo do Cri, gravou o único álbum dele e também interpretou algumas das músicas do Paulinho em seus discos. Ele é amigo do Roger também, e durante as gravações estava sempre no estúdio. Aí, no dia que fomos gravar ‘Canção da despedida’, surgiu o convite na hora, em homenagem ao Cri, e ele topou participar”, conta, explicando ainda a origem da canção.

“Ele morreu cerca de um ano depois que o conheci, quando eu e o Roger ainda estávamos juntos. A música veio pouco depois da morte dele, quando estava em casa ouvindo algumas coisas, veio uma saudade do Cri e então surgiu a letra, com referência à obra dele, que tinha letras que falavam sobre o espaço sideral, vida em outros planetas, mas sem parecer maluco. Vários trechos da letra são referências a nomes de músicas dele e imagens que ele criava.”

Mágica

Depois de escrever a letra, Juliana mandou o material para Roger, que rapidamente criou a melodia. “Ele fez na mesma hora. E na mesma época entrei em alguma rede social e apareceu uma foto do Cri em uma postagem do Salim Lamha, que também era amigo dele, lembrando que seria aniversário dele naquele dia. Tudo isso aconteceu dessa forma mágica.”

“O Paulinho era um grande compositor, que influenciou o Dudu Lima, sacava muito de harmonia”, prossegue. “O próprio Emmerson vivia próximo dele. Foi uma paixão à primeira vista; ele era uma criatura adorável, mas extremamente mal-humorado, tinha um humor muito ácido. Porém ele era, ao mesmo tempo, adorável e carinhoso, compunha músicas maravilhosas. Foi uma interseção de gerações, pois eu era bem mais nova e era um deslumbre estar no meio dessa galera. E o Cri morreu logo depois que o conheci, de forma trágica: depois de receber um prêmio em um festival, desceu do palco e teve um infarto fulminante.”

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O primeiro single do projeto de Juliana e Roger ganhou enfim sua versão em estúdio, mas já é conhecida por ter vencido o prêmio de melhor canção na edição 2019 do Festival Canta São João.

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