André Medeiros coloca single duplo na praça

Ex-Top Surprise lançou single duplo com as canções “Morro” e “Dia 9”


Por Júlio Black

25/11/2021 às 15h19

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Ex-Top Surprise, André Medeiros chega com sua segunda leva de singles; álbum de estreia deve ser lançado em 2022 (Foto: Caio Deziderio/Divulgação)

André Medeiros está com material novo na praça. O músico lançou no último dia 16 o single duplo com as músicas “Morro” e “Dia 9”. É seu mais recente trabalho desde que se lançou como artista solo, no início do ano, com a canção “Fitônia”. É mais um trabalho feito no esquema “em casa”, produzido e gravado no seu quarto e na sala de estar de uma amiga. Pode-se dizer que seria “mais um dia no escritório” de André, conhecido por ter feito parte da saudosa Top Surprise, além de um dos idealizadores do lendário selo Pug Records, que encerrou seus anos de bons serviços prestados à música em 2020.
“Eu estou acostumado com esse processo fora de estúdio, que chamo de ‘gravação em locação’, com outros artistas (Alles Club, Baco Doente, Baapz, Oluã, Gabriel Acaju, Saginata, Blizterin Sun). Ele sai mais barato e gera uma estética interessante”, diz, acrescentando que a pandemia serviu de incentivo para enfim se lançar como artista solo. “Acaba sendo uma mensagem de que estamos sobrevivendo, e eu não queria esperar mais (para se lançar na carreira solo).”

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Rotulada como um “maculelê atômico”, “Morro” canta a paisagem bucólica – mas que também pode ser hostil – do interior do país, enquanto que “Dia 9” é classificado como um samba sobre as trivialidades extraordinárias dos dias, mortalidade, a carne, a dor e o recomeço. Participam das faixas Victor Fonseca (The Basement Tracks) na bateria, Nicolle Bello (Čao Laru) na percussão, em “Dia 9”, e seu irmão, Daniel Medeiros, é o responsável pelo baixo em “Morro”.
No texto de divulgação do trabalho, são listados vários nomes da MPB, mangue beat e indie rock como inspiração para o trabalho, entre eles Itamar Assumpção, Nação Zumbi, Breeders e Fiona Apple. André explica, porém, que as músicas não foram pensadas a partir dessas influências.

“Essas influências são quase uma coisa pensada a posteriori. A mistura (de referências) veio naturalmente. Os nomes estrangeiros são os que vêm lá de trás e são praticamente uma escola, e no caso da música brasileira são influências que me mostraram como fazer a música em português. Foi algo mais inconsciente, espontâneo, a partir de gostos pessoais.”
André Medeiros não quer ficar apenas nos singles e está no embalo para entregar no próximo ano seu primeiro álbum. “Estou terminando as composições, trabalhando duro nelas, pois sinto que é uma coisa que ainda preciso aprender mais. Pretendo ter alguma coisa para mostrar lá pelo meio de 2022, tudo em português e com essa vibe mais orgânica. Não descarto algum lançamento antes, no início do ano, mas o certo é uma session que planejo gravar sozinho, para o público saber quem sou eu.”

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