‘Mundo estranho’, animação da Disney, estreia nesta quinta
Longa é a primeira produção do estúdio com protagonista assumidamente gay
“Mundo estranho”, nova animação da Disney, traz uma família atípica para as telas: os Clades são lendários exploradores que buscam navegar por uma terra inexplorada e perigosa. A partir de uma ameaça estranha, as três gerações de homens da família, Jaeger, Searcher e Ethan, também enfrentam suas diferenças, os caminhos distintos que seguiram e se unem para tentar salvar esse universo. O longa também é a primeira produção do estúdio com protagonista assumidamente gay, e a equipe promete tratar o tema com naturalidade ao longo da história. O filme começa a ser exibido nesta quinta-feira (24) nos cinemas de Juiz de Fora.
A animação é uma aventura, que inclusive busca homenagear quadrinhos de revistas pulp e leva como referência o clássico livro francês de Júlio Verne, “Viagem ao centro da Terra”. “Mundo estranho” também busca falar sobre as relações humanas e conflitos entre familiares, tendo como ponto central da trama as diferenças de caminhos que as três gerações dos Clades seguem. O avô, Jaeger, partiu do local em que morava com o filho para se tornar um grande explorador, enquanto seu filho, Searcher, não quis seguir viagem com ele e ficou sem ter notícias do pai por décadas.
Em uma das expedições, no entanto, Searcher descobriu uma fonte de energia à base de plantas que revolucionou o mundo. No filme, ele vive com seu filho, Ethan, em uma fazenda. O jovem de 16 anos ajuda o pai no trabalho, mas ainda não tem certeza se realmente quer seguir os caminhos paternos ou trilhar a própria jornada. Mas o universo em que eles adentram nessa aventura, afinal, é um mundo vasto, misterioso, com criaturas bizarras e perigos inimagináveis – e para enfrentar isso precisam estar juntos.
Apesar de ser o primeiro filme com protagonista assumidamente homossexual, o foco do longa não é sobre a descoberta da sexualidade. O dublador em inglês do personagem de Ethan, inclusive comentou sobre o assunto em entrevista à revista Variety, afirmando que esse tema precisa ser naturalizado. “Não é algo que fica se auto-congratulando, não é algo que fica se anunciando. É só algo que se aceita como um reflexo normal da nossa realidade. Eu acho que é isso o que me deixou mais animado com Ethan”, disse Young-White.