Show no Central celebra os 80 anos de Joãozinho da Percussão
Artista apresenta, com amigos e convidados no palco, sucessos que marcaram sua trajetória e é homenageado no mesmo dia com lançamento de sua biografia
Um dos mais importantes nomes do cenário musical juiz-forano, Joãozinho da Percussão comemora seus 80 anos de vida nesta segunda-feira (24), no dia exato de seu nascimento, em grande estilo. E tudo vai acontecer no Cine-Theatro Central, que às 19h recebe o show especial para comemorar a trajetória do músico, além da biografia “Na vida do ritmo: Vida e histórias de Joãozinho da Percussão”, escrita por Cláudio Kaz.
A apresentação, que integra o Projeto Luz da Terra, terá Joãozinho acompanhado pelos músicos Salim Lamha (guitarra), Advar Medeiros (sax e flauta), Lula Ricardo (contrabaixo), Fernando Drummond (trombone e arranjos); como convidados, Tânia Bicalho, Ana Terra, Roger Resende, Carlos Fernando, Cacá Boechat e a banda Lúdica Música!. Para o repertório, o show deve relembrar momentos marcantes da trajetória de Joãozinho, além de versões de músicas da época em que acompanhava artistas como Chico Buarque, Tim Maia, Jorge Benjor, Benito di Paula, Pepeu Gomes e Baby Consuelo, Joyce, Carlinhos Vergueiro e Paulinho Boca de Cantor, além da banda A Cor do Som.
Já a biografia é um projeto idealizado pelo também músico Cláudio Kaz, trabalho independente que ele aproveita para lançar junto às comemorações pelo aniversário de Joãozinho da Percussão. Ele conta que a ideia surgiu em 2011, quando foi padrinho de casamento de amigos na cidade de Divino e convidado a tocar na festa. Na ocasião, Joãozinho também foi convidado para tocar na festa, e Cláudio deu carona a ele em seu carro. “Foram três horas de viagem e fiquei apaixonado pelas histórias que contou, seja na viagem de ida, durante a festa, e quando retornamos. Tempos depois, fui até a casa dele, meio sem graça, e propus a biografia. Não demorou muito, e ele me ligou dizendo que topava, que seria interessante.”
Segundo Cláudio, as entrevistas tiveram início e duraram cerca de um ano. Depois, foi tempo de editar tudo e preparar o livro. Ele até tentou esperar pela Lei Murilo Mendes, mas como o edital não foi aberto nos últimos anos, ele resolveu fazer por conta própria. “Eram cerca de duas horas de bate-papo gravadas, três ou quatro vezes por semana. Fiz amizade com a esposa, os filhos, o neto. Tomei muito cafezinho na casa dele. Eu já o admirava como músico, mas não conhecida pessoalmente. Depois de conhecê-lo passei a admirá-lo como pessoa; é muito solícito, entrevistei outros músicos, e eles disseram que o Joãozinho deu oportunidade para todo mundo. O Dudu Lima contou que tinha 16 anos quando procurou o Joãozinho, e ele foi muito gentil. Sempre foi altruísta com outros artistas, topava tocar sempre que era chamado e estava disponível.”
Às vésperas de fechar a oitava década de vida, Joãozinho da Percussão é sincero ao ser questionado sobre as homenagens. “Falas sobre isso é meio difícil, porque ficamos emocionados. Mas fico feliz por poder comemorar com saúde, com os amigos, ser lembrado enquanto ainda estou vivo. Ser lembrado enquanto estamos vivos é bom”, afirma o artista, que já teve a oportunidade de conferir a biografia. “Li e gostei muito.”
Joãozinho da Percussão
Show e lançamento da biografia, nesta segunda-feira (24), às 19h, no Cine-Theatro Central