The Rock coloca músculos em ação em ‘Adão Negro’, que estreia nesta quinta-feira

Longa foi inspirado no vilão da DC Comics que virou anti-herói; produção também marca a estreia da Sociedade da Justiça no DCEU


Por Júlio Black

20/10/2022 às 07h00- Atualizada 20/10/2022 às 08h33

Aprisionado por cinco mil anos, Teth-Adam (Dwayne “The Rock” Johnson) retorna disposto a descer a porrada em quem merecer, no filme “Adão Negro” (Foto: Divulgação)

Personagem criado por Otto Binder e C.C. Beck, em 1045, Adão Negro fez sua primeira aparição na edição de estreia de “The Marvel Familiy”, da extinta Fawcett Comics, como um dos vilões do Capitão Marvel, que posteriormente seria rebatizado como Shazam. Quando a DC Comics adquiriu os direitos dos super-heróis e vilões da editora, em 1973, ele foi introduzido, assim como seu grande inimigo, no mesmo universo do Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Nas últimas décadas o personagem passou a ser representado como um anti-herói, e é dessa forma que ele aparece em “Adão Negro”, que estreia nesta quinta-feira (20).

Praticamente desconhecido entre o público que não acompanha os quadrinhos, o personagem tinha um projeto cinematográfico rodando pelos corredores da Warner Bros, há cerca de 15 anos. Inicialmente, seria introduzido em “Shazam!”, de 2019, mas os planos mudaram. E um dos grandes responsáveis por isso foi Dwayne “The Rock” Johnson, fã do Adão Negro e que desde o início estava envolvido com o projeto, tanto que recusou interpretar vários outros super-heróis apenas para ter a chance de fazer o papel de seus sonhos.

PUBLICIDADE

O longa dirigido por Jaume Collet-Serra (que trabalhou com Dwayne Johnson) pega boa parte da origem do Adão Negro nos quadrinhos para introduzi-lo no DCEU (Universo Estendido DC). A história começa há cerca de cinco mil anos, quando Teth-Adam (Johnson) era um escravo no reino fictício de Kahndaq; ele é o escolhido pelo mago Shazam (Djimon Hounsou) para receber os poderes dos deuses egípcios (assim como Billy Batson receberia os poderes dos deuses gregos em “Shazam!”) para defender seu povo. Porém, corrompido pelo poder, ele é aprisionado pelo mago.

Corte para os dias atuais. Kahndaq ainda existe, porém o país é dominado por uma organização criminosa chamada Intergangue. Uma das integrantes das forças que tentam libertar a nação, a arqueóloga Adrianna (Sarah Shasi) acaba por libertar Teth-Adam enquanto procura por uma coroa feita com o valioso metal eternium, que é explorado pela Intergangue.

Livre de sua prisão, o Adão Negro surge como libertador de seu povo, mas seus métodos nada ortodoxos de agir como herói – um conceito, aliás bem estranho para ele – chamam a atenção do governo norte-americano. Para impedir a destruição e mortandade provocadas pelo ser superpoderoso, a chefe da Força-Tarefa X, Amanda Waller (Viola Davis), escala da Sociedade da Justiça até Kahndaq. Caberá ao Gavião Negro (Aldis Hodge), Senhor Destino (Pierce Brosnan), Esmaga-Átomo (Noah Centineo) e Ciclone (Quintessa Swindell) convencer Adão Negro a moderar seus atos, nem que seja à força.

Com um dos maiores e mais populares astros de Hollywood tão dedicados ao projeto, a Warner decidiu arriscar boa parte de suas fichas no filme. Graças ao carisma de Dwayne Johnson, “Adão Negro” tem a missão de levar o Universo Estendido DC para o mesmo patamar de sucesso de crítica e público do Universo Cinematográfico Marvel. A Warner já mostrou ser possível dar a volta por cima com “O Esquadrão Suicida” e “The Batman”; a questão é saber se uma produção que tem dividido a crítica conseguirá se tornar um sucesso nas bilheterias, pelo menos, ou uma produção esquecível como “Mulher-Maravilha 1984”.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.