Ação #artesemcensura critica censura na Web a obras de arte com nudez

Artistas comentam e se mobilizam a respeito da postura de plataformas que censuram a exibição de certas partes do corpo – principalmente o feminino – mesmo em obras-primas da pintura


Por Júlio Black

20/09/2020 às 07h00

 

Foto de Julian Wasser com Eve Babitz jogando xadrez nua com Marcel Duchamp foi escolhida por César Brandão para o #artesemcensura (Foto: Reprodução)

O mundo virtual da internet permite debater qualquer assunto, em suas mais variadas nuances e minúcias, da política à religião e passando por futebol, cultura, preconceitos, gostos pessoais, o que comemos ontem e até o desnecessário “Snyder Cut” de “Liga da Justiça”. Um assunto que rende pano para manga vive ressurgindo na rede mundial de computadores: como as redes sociais lidam com a sexualidade humana em geral quando esta tem ligação com a arte, seja o erotismo ou a simples exposição do corpo humano, e também com práticas criminosas como a hedionda pedofilia.

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Pelo menos uma rede social, o Twitter, é mais “liberal” em relação aos costumes. Não faltam perfis com publicações de fotos, vídeos, ilustrações etc de cunho erótico, artísticos, pornográfico, ou apenas de exposição do corpo humano. É relação sexual, exposição de genitais em poses artísticas ou ginecológicas, fetiches em geral, nudez artística, erótica, pornográfica ou _ digamos _ “sou assim e tenho orgulho do meu corpo”, enfim, milhares de possibilidades. Obviamente há quem abuse dessa liberdade para o mal, da mesma forma que condutas ilegais ou criminosas são identificadas e barradas pelo próprio Twitter, além de denúncias de usuários.

Mas nem todas as redes sociais são assim. O Instagram e o Facebook, por exemplo, têm regras tão rígidas em relação à nudez do corpo humano que mesmo obras de arte clássicas têm suas reproduções varridas quase que imediatamente se não estiverem de acordo com o que elas classificam de “diretrizes da comunidade sobre nudez ou atividade sexual”.

Há anos, essa postura de Instagram e Facebook tem provocado revolta e surpresa entre usuários e artistas, que protestam contra o que chamam de “censura” por parte das redes sociais, ainda mais por conta de critérios nada claros que, por exemplo, proíbem a exibição apenas de mamilos femininos, enquanto os masculinos podem ser exibidos livres e soltos. O corpo feminino, aliás, é o grande alvo dessa política. Diversos artistas e instituições culturais têm passado por transtornos por causa da política das plataformas sociais sob controle do bilionário Mark Zuckerberg, que retiram em questões de segundos as reproduções de pinturas, fotos de esculturas e reproduções afins que mostrem seios femininos, órgãos sexuais masculinos e femininos e ações de caráter erótico _ e aí não importa se é um mestre da pintura do século XIX, um artista iniciante ou contemporâneo, o fã que deseja compartilhar a imagem.

Uma das instituições artísticas que têm sofrido com a censura virtual é a Casa Niemeyer, no Rio de Janeiro, que reagiu criando em parceria com o artista Helô Sanvoy a ação digital #artesemcensura, incentivando público e artistas a publicarem nas redes sociais imagens que “violam” as diretrizes de Instagram e Facebook. Quem procurar no Instagram vai encontrar mais de 1,3 mil postagens com a hashtag, e fica a pergunta de quantas podem já ter sido apagadas. A campanha também está no Twitter, e lá é possível encontrar imagens de todos os tipos, entre pinturas, fotografias, esculturas e outras formas de expressão _ e com tudo que há para ser exibido do corpo humano.

A iniciativa foi se espalhando pela web e chegou até o artista plástico César Brandão, na vizinha Santos Dumont. Foi através de uma postagem do artista Ding Musa em um grupo do WhatsApp (que reúne artistas da coletiva na galeria da Ocupação 9 de Julho do Movimento Sem Teto do Centro, o MSTC, de São Paulo) que César tomou conhecimento do #artesemcensura. Ele não apenas divulgou a ação como participou com uma postagem no último dia 4, com uma foto de Julian Wasser, datada de 1963, em que Eve Babitz está nua enquanto joga xadrez com Marcel Duchamp. Ao mesmo tempo, ele descobria a realidade da censura a determinadas obras de arte.

“A origem do Mundo”, polêmico quadro de Gustave Courbet, é citado como exemplo de obras censuradas (Foto: Reprodução)

“Pensei logo em postar imagem de ‘A origem do mundo’, de Courbet, e comentei com o (artista e jornalista) Walter Sebastião, e ele me disse que foi censurado no Facebook quando publicou a foto dessa obra maravilhosa”, conta. “Optei em postar no Instagram a foto de Julian Wasser com Eve Babitz, nua, jogando xadrez com Marcel Duchamp. E como Duchamp é alta cultura contemporânea para esse povo pátria armada que apoia o desgoverno ‘desordem e regresso’, até agora não foi censurada. Mas se gente que vê ‘Jesus na goiabeira’ ler essa matéria, será censurada logo.”

Sobre o engajamento para denunciar a censura à nudez nas obras de arte, Brandão explica que sempre pensou a arte como ação contra preconceitos, censuras, e qualquer ato que tente impedir o que chama de “o exercício experimental da liberdade” na arte/vida defendido pelo pensador, historiador e crítico de arte Mário Pedrosa. “(É preciso) resistir. Protestar. Levantar bandeiras e barricadas contra qualquer censura à liberdade de expressão na arte. O nu existe na arte desde as pinturas e esculturas rupestres, quando o homem da caverna não usava roupa. A arte foi inaugurada nas cavernas como ritual arcaico, teatro, cinema (já que a luz das fogueiras projetava sombras nas pedras). Infelizmente, chegamos ao século XXI com algumas pessoas que têm pensamento de inquisição, ‘queimar nas fogueiras os artistas bruxos que usam o nu em sua obra’, censurar as maravilhosas esculturas do genial Michelangelo, feitas no Renascimento. É válido lutar contra qualquer censura, contra xenofobia, homofobia, discriminação racial, e a arte é meu instrumento de luta. Outras ações virão, esse foi o pontapé inicial. O importante é continuar a defender a livre manifestação da arte. Vestida ou nua.”

César Brandão tem mobilizado amigos e artistas para a ação (Foto: Reprodução)

Democratização na berlinda

Além de falar da sua participação na ação coletiva, César Brandão comenta as políticas específicas de Instagram e Facebook quanto a postagens com nu artístico, incluindo aí o fato de que tal postura dificulta o acesso virtual de muitos a obras que estão, de outra forma, inacessíveis. “Como artista, não vejo o nu como algo anormal. Passamos a usar roupas para nos proteger do frio ou do calor, e somente nós, pretensiosos ‘animais racionais’, nos vestimos com roupas e ornamentos. Então acho absurda e total barbárie contra a cultura essa censura ao nu, e é necessário lutar contra tabus. E não me canso de repetir que temos a arte para tentar quebrar barreiras.”

Para Brandão, censurar obras de arte é uma agressão à possibilidade de o público sair da banal diversão das redes sociais e acessar a cultura que alimenta o saber. “Esses obstáculos nas redes sociais são incompreensíveis. Aliás, são compreensíveis, sim, já que são redes capitalistas para ganhar dinheiro a partir de todos nós, bobos escravos digitais, que criamos contas nelas, seduzidos pela possibilidade de entrarmos em contato com queridos amigos que moram distante, e ficamos hipnotizados, e presos na teia, no ‘Big Brother’ de George Orwell do livro ‘1984’. Azar o nosso, então, de termos feito inscrição nas redes sociais.”

Edmundo teve fotografia com estátua de mulher nua censurada pelo Facebook (Foto: Reprodução)

Diferença entre arte e pornografia

Pelo menos um dos artistas com quem a Tribuna conversou passou pela experiência de ter uma obra censurada em redes sociais. Depois de se aposentar como engenheiro, Eduardo Schmidt tem se dedicado em tempo integral à pintura, esculturas, colagens etc, e costuma postar parte de seus trabalhos no Instagram, compartilhando imediatamente com o Facebook. Uma delas não teve problemas com o Insta, mas com o Face… “Fiz uma montagem com três fotos de uma escultura em madeira de uma mulher nua, em que ela escondia com uma das mãos os órgãos genitais. Era para um antigo colega, que pediu para analisar os detalhes da mão da estátua. Não tinha nada de errado, mas mesmo assim fui censurado”, protesta. “Enviaram uma mensagem que dizia que era política do Facebook não permitir imagens de nudez, mais os termos de uso, e simplesmente cortaram. Eu fiquei indignado, é um absurdo. Sem querer me comparar com outros artistas, mas vão fazer o quê, censurar fotos do ‘Davi’ de Michelangelo, a ‘Vênus’ do Boticelli? É uma estupidez sem tamanho.”

De acordo com Edmundo, atualmente ele não tem mais trabalhado com esculturas de madeira, mas postou imagens de outras em seu perfil que jamais foram censuradas. “Sabia de censura à nudez do corpo humano, até de coisas que consideravam bobas, mas não de obras de arte. Impor essa proibição é não saber a diferença entre arte e pornografia. Censura é um absurdo. Vivi isso na época da ditadura, de cidadão colocando poesia de Camões no jornal, censura a música do Chico Buarque, e vejo que isso está começando a pipocar, voltar à tona o conservadorismo, a censura a tudo que desagrada a sei lá quem. Sou contra a censura, e ponto.”

Conteúdo inapropriado

A artista plástica e professora do Instituto de Artes e Design (IAD) da UFJF Priscilla de Paula tem evitado as redes sociais nos últimos tempos para _ como declarou _ “manter a leveza e saúde mental”, mas nem por isso deixa de se manifestar quanto à censura ao nu na arte. “Para começar, se há um contexto e percurso artístico reconhecível no contexto da imagem, ela já deve ser respeitada como obra de arte, e nada nem ninguém tem o direito de impedir sua transmissão em redes públicas”, afirma. “Se ela tiver apelo ou conteúdo pornográfico, pois muitos artistas se apropriam da pornografia em seus trabalhos – o que não é nenhum problema, nem de cunho moral, muito menos estilístico -, se o artista faz uso de imagens ou conteúdo pornográfico em seu trabalho, apenas deve colocar um aviso de conteúdo inapropriado para menores, o que já garante uma filtragem do público-alvo. A censura nunca é justificada para obras de arte.”

Priscilla lembra, ainda, que a simples nudez não deve ser considerada pornografia, nem na arte nem em qualquer outra circunstância. “Censurar a nudez é uma ‘desrazão’, pois o corpo nu sequer é inapropriado para menores. Creio que isso está em nossa lei, cheguei a ler sobre isso na ocasião em que a performance de um artista foi alvo de muita polêmica… Crianças podem ver pessoas nuas, e isso não as afeta negativamente! O corpo nu não é traumático. Agora, corpos nus fazendo sexo, isso sim é inapropriado para crianças e, neste caso, basta um aviso de indicação de idade.”

Como artista plástica, Priscilla conta que trabalha muito com o corpo em suas obras, muitas vezes apresentado nu em suas pinturas ou performances. Por isso, já sofreu censura a ponto de ter que reorganizar um trabalho que foi apresentado no Mamm (Museu de Arte Murilo Mendes). “Não pela direção do Mamm e muito menos pela organização do evento, mas porque a exposição seria visitada por escolas, e a direção dessas instituições ficou com medo que a obra – que continha desenho de mulheres nuas – pudesse ferir a pureza de algumas mães! Essas situações são cada vez mais frequentes numa sociedade que não gosta de ver gente pelada em obra de arte, mas que não se importa com a objetificação do corpo da mulher e dos negros, com o feminicídio, com o racismo e com o presidente psicopata que elegeu. O que acontece nas redes sociais, no Brasil e no mundo, é um reflexo de como somos hipócritas como sociedade”, critica.

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Artista plástica e professora Priscilla de Paula tem entre os focos de seu trabalho o nu artístico (Foto: Reprodução)

Compreender nosso tempo

O nu como elemento artístico está presente desde quando o homem fez os primeiros desenhos, mas em diversas épocas a representação do corpo humano despido provocou escândalo, como aconteceu no século XIX com o já citado “A origem do mundo” e outros quadros da época. Questionada se poderíamos traçar paralelos entre o século retrasado e os dias atuais, Priscilla de Paula argumenta que a parte conservadora da sociedade sempre teve medo da novidade, mas isso difere do que acontece hoje, pois o nu já não é nenhuma novidade na arte. “Na virada do século XIX para o XX, o que temos como história é que a sociedade não aceitou as novas formas de representação modernistas no primeiro momento. O que acontece hoje não é isso, não tem nada a ver com arte, o discurso conservador é político e não estilístico, não vem da crítica de arte, e sim de uma parcela da sociedade que quer controlar nossos corpos, nosso desejo, nossas escolhas e nossa forma de pensar. Inclusive falta inteligência e conhecimento básico sobre arte nesse discurso, e chega a ser vergonhoso. Vivemos na sociedade do ‘eu acho, essa é a minha opinião’, e também na ciência, na educação. As consequências desse falatório irresponsável são mais perigosas que qualquer nu poético.”

Os rumos da arte e sua repercussão nos tempos atuais são questões que a artista e professora costumava conversar com os alunos do IAD antes da pandemia, em especial durante as aulas de poéticas do corpo. “Mas tenho certeza que outros colegas tratavam de abrir debates sobre o tema em suas aulas, projetos e fóruns. Claro que os alunos, em sua maioria, se revoltam e se sentem cerceados na medida em que sua arte é limitada em plena democracia. Mas as conversas são importantes inclusive para entendermos o tempo atual. Tudo que se vive pode ser material para arte, e o mundo em que vivemos hoje é esse; isso faz parte do nosso tempo, e a arte tem a obrigação de mostrar tanto esse tempo quanto a nossa sociedade. Para além de qualquer polêmica, precisamos compreender nosso mundo atual.”

Pensamento crítico

O músico e artista plástico Guilherme Melich, estava alheio ao movimento, mas há tempos tem observado trabalhos como pinturas e fotografias contendo nudez sendo censurados no Instagram, inclusive peças presentes em acervos de galerias renomadas. Ele destaca que alguns artistas têm produzido peças baseadas nesse tipo de bloqueio das redes. Ele cita o artista norte-americano Mauro C. Martinez, que tem criado obras de nu artístico “borradas” como se tivessem sido censuradas nas redes sociais. O trabalho dele pode ser conferido no Instagram (@ztm_oruam).

“Nunca tive nenhum trabalho censurado, mas, tratando-se de pintura, acho que isso aconteceria mais para pinturas ‘realistas’, o que não é meu caso. Tenho amigos fotógrafos que já tiveram seus trabalhos bloqueados e/ou denunciados nas redes”, conta, defendendo ainda que as obras de arte podem ter um potencial subversivo, pois é a partir delas que surgem diversos tipos de leituras e discussões.

“Arte fomenta, entre outras coisas, o pensamento crítico. O grande problema da censura está aí, pois tira a possibilidade da discussão sobre qualquer que seja o assunto. Não acho possível delimitar a diferença entre arte e nudez explícita. Peguemos como exemplo o célebre quadro de Gustave Courbet, ‘A origem do mundo’, que é uma maravilhosa pintura e, ao mesmo tempo, superexplícita. Claro que o título abre novas possibilidades de leitura e contexto para a cena, mas a imagem é o que é… um grande close em um tronco feminino, com destaque para a vulva cabeluda, superprovocativa. Gera repulsa em ‘reaças’ até hoje, mas nem por isso menos potente e significativa.”

‘Todo mundo pelado’

O artista plástico Petrillo é outro nome que estava alheio ao movimento, mas ao tomar conhecimento da polêmica se colocou imediatamente contra a censura às obras de arte. “É andar para trás, não conhecer a própria História da Arte. As principais esculturas gregas são de figuras nuas. Se você for a Florença (Itália) vai ter que censurar a Galeria degli Uffizi, pois está todo mundo (as obras) pelado lá. Daqui a pouco teremos que ir ao museu com óculos indicando o que pode ver ou não. É preciso ter bom senso, tudo que se proíbe demais, ao invés de abafar um caso, chama mais atenção pra isso. Temos que tomar muito cuidado com esses posicionamentos de censura, não sermos demagogos”, alerta. “É um contrassenso você ter obras feitas há 200 ou 300 anos, que eram consideradas arte de primeira, e não poder compartilhá-las em uma rede social.”

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Até mesmo reproduções de capas de álbuns são censuradas por redes sociais como o Instagram (Foto: Reprodução)

‘Diretrizes da comunidade’

A mobilização do #artesemcensura mostra que público e artistas seguem engajados na luta pela liberdade da arte, a exemplo de outras ações em anos recentes. Em 2017, as artistas Arvida Byström e Molly Soda iniciaram uma campanha para reunir fotos censuradas pelo Instagram, que renderam o livro “Pics or it didn’t happen: images banned from Instagram” (“Fotos ou não aconteceu: imagens banidas do Instagram”, em tradução livre), composto em sua maioria por fotos de corpos femininos, mesmo quando não apresentavam qualquer conotação erótica ou sexual. Um ano antes, vários usuários denunciaram a censura à exibição de mamilos femininos (sempre eles), enquanto os masculinos não sofriam qualquer proibição. Foi criado um perfil, o @gendless_niples (mamilos sem gênero), apenas com mamilos em close e sem identificação de seus “donos”, para criticar a postura da rede social.

Se houver dúvida quanto ao policiamento de certas redes sociais sobre o tema, basta o leitor fazer um texto em seu próprio perfil, seja com a reprodução de um quadro, uma foto de nu artístico… ou a capa de um álbum musical. Tempos atrás, este repórter postou no Stories do Instagram uma reprodução da capa de “Surfer Rosa” (1987), álbum de estreia dos Pixies, que logo foi retirada com o argumento de descumprimento das diretrizes da rede social. Como teste, foi feita uma postagem em meu próprio perfil na última quinta-feira (17), pouco depois das 13h. Dois minutos depois, a imagem foi retirada com a justificativa de ir contra as “Diretrizes da Comunidade sobre nudez ou atividade sexual”, que de acordo com o Instagram são baseadas na comunidade global e com a possibilidade de alguns públicos poderem ser “sensíveis a diferentes conteúdos”. A capa que vai “contra as diretrizes” apresenta a foto feita por Simon Larbalestier de uma mulher com os seios expostos.

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