Ruffato vence Jabuti com infantil
Bastante premiado, Luiz Ruffato nunca havia ficado em primeiro lugar numa disputa pelo Jabuti. Em 2007, com “Vista parcial da noite”, recebeu o troféu de segundo melhor romance do ano. Este ano, sua obra infantil “A história verdadeira do Sapo Luiz” (editora DSOP) acaba de ser anunciada como melhor livro infantil. Na trama, uma bela princesa com o desejo de se casar decide beijar sapos até descobrir seu príncipe encantado. Ruffato, que é natural de Cataguases com extensa passagem por Juiz de Fora, também foi finalista com seu romance “Flores artificiais” (Companhia das Letras), que não chegou à premiação.
Os vencedores das 27 categorias do 57º Prêmio Jabuti foram anunciados na manhã desta quinta-feira, e a cerimônia de entrega das estatuetas será no próximo dia 3 de dezembro, no Auditório Ibirapuera, quando serão conhecidos os livros do ano de ficção e não ficção. Cada vencedor recebe o valor de R$ 3.500, enquanto os livros do ano serão contemplados com R$ 35 mil cada. A premiação, organizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), recebeu este ano 2.573 inscrições, mais de 10% a mais que no ano anterior.
Entre os títulos vencedores, também estão “Quarenta dias” (Alfaguara), de Maria Valéria Rezende, como melhor romance; o livro reportagem “A casa da vovó – Uma biografia do Doi-Codi (1969-1991), o centro de sequestro, tortura e morte da ditadura militar” (Alameda), de Marcelo Godoy; as poesias de “Corpo de festim” (Confraria do Vento), de Alexandre Guarnieri; e “Sem vista para o mar – Contos de fuga” (Edith), de Carol Rodrigues.
Um dos destaques de 2015 foi o grande número de pequenas editoras contempladas, fenômeno que já vem sido percebido em outras disputas, como o último Portugal Telecom, de 2014, que deu a “Entre moscas” (Confraria do Vento), do cearense Everardo Norões, o título de melhor livro de contos.