The Handmaid’s Tale e Big Little Lies dominam o Emmy

Produções levaram seis e cinco prêmios, respectivamente; ‘The handmaid’s tale’, do Hulu, é a primeira de um serviço de streaming a levar o prêmio de série dramática


Por Júlio Black

18/09/2017 às 17h19- Atualizada 18/09/2017 às 17h20

A edição 2017 do Emmy, a principal premiação da TV americana, mostrou o poder das mulheres e dos serviços de streaming. As grandes vencedoras do evento, que aconteceu na noite de domingo em Los Angeles, no Estados Unidos, foram “The handmaid’s tale” e “Big little lies”, com personagens femininas fortes – ainda que em contextos totalmente diferentes – que levaram a maioria dos prêmios principais e acabaram a premiação com seis e cinco estatuetas, respectivamente.

 

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Estrelada por Elisabeth Moss (à direita), ‘The handmaid’s tale’ é a primeira produção dos serviços de streaming a vencer o Emmy de melhor série (Fotos: divulgação)

A vitória de “The handmaid’s tale”, em particular, marca um feito histórico. A produção do Hulu, adaptação do livro “O conto da Aia”, de Margaret Atwood, é a primeira produzida por um serviço de streaming a conquistar o prêmio de melhor série dramática, mostrando que a forma de se assistir televisão mudou para sempre. A série – que mostra um futuro não tão distante e distópico, onde fundamentalistas religiosos cristãos tomaram o poder nos EUA e privaram todas as mulheres de seus direitos, tornando as ainda férteis em escravas sexuais – conquistou ainda os prêmios de melhor atriz (Elisabeth Moss, de “Mad Men”), atriz coadjuvante (Ann Dowd, de “The leftlovers”), roteiro (Bruce Miller, pelo episódio “Offred”), atriz convidada (Alexis Bledel, de “Gilmore Girls”) e direção (Reed Morano, pelo episódio “Offred”). A série ainda não é exibida no Brasil.

‘Big little lies’ levou cinco prêmios, incluindo melhor minissérie e atriz em minissérie para Nicole Kidman (à esquerda)

Já “Big little lies”, sobre três donas de casa aparentemente perfeitas que se envolvem numa trama de disputa, inveja, subversão e assassinato, conquistou cinco Emmys, sendo o principal deles de série limitada (ou minissérie). A produção da HBO ainda levou os prêmios de atriz (Nicole Kidman, que competiu com a colega de série Reese Whitherspoon), direção (Jean-Marc Vallée), ator coadjuvante (Alexander Skarsgard) e atriz coadjuvante (Laura Dern, outra a vencer uma colega de elenco, no caso Shailene Woodley).

Ainda entre as séries dramáticas, a elogiada “The Crown” recebeu apenas um prêmio, com John Lithgow sendo agraciado com o Emmy de ator coadjuvante. Sterling K. Brown, de “This is us”, venceu o prêmio de ator em série dramática. Da mesma série, Gerald McRaney recebeu o prêmio de ator convidado.

Entre as séries cômicas, as principais vencedoras foram “Veep”, “Atlanta” e “Saturday night live”. “Veep”, da HBO, sobre uma vice-presidente arrogante, egocêntrica e incompetente, ganhou os prêmios de série cômica e atriz principal para Julia Louis-Dreyfus – é o sexto ano seguido em que a atriz leva a estatueta na categoria. “Atlanta”, por sua vez, ficou com os prêmios de melhor ator e direção, ambos para Donald Glover – ele foi o primeiro diretor negro a receber o Emmy na categoria. Já o veteraníssimo “Saturday night live” aumentou em quatro Emmys sua coleção: atriz coadjuvante (Kate McKinnon), ator coadjuvante (Alec Baldwin), atriz convidada (Melissa McCarthy) e ator convidado (David Chapelle).

E até mesmo os fãs de “Black Mirror” não têm do que reclamar. A produção da dobradinha BBC/Netflix levou os prêmios de melhor filme feito para TV e roteiro em minissérie ou filme feito para TV, ambos por “San Junipero”.

 

 

 

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